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Brasília

Suspeita de matar ex com ajuda de amante chegou a registrar ocorrência

Arquivo Geral

26/03/2018 12h03

Atualizada 23/04/2019 11h59

Breno Esaki/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Câmeras de segurança flagraram a movimentação dos suspeitos de torturarem e matarem Valdeci Carlos de Sousa, 63 anos, um servidor aposentado do Tribunal Regional do Trabalho, há nove dias. Elizângela Almeida de Miranda de Souza, autônoma de 41 anos, tentou disfarçar a culpa informando o desaparecimento do ex-marido, mas a polícia não tem dúvidas que ela tenha cometido o crime junto com o amante.

O crime aconteceu na noite de domingo (21). Segundo informações da Polícia Civil, a mulher estava separada por conta de uma relação extraconjugal e tirou a vida do ex-companheiro com a ajuda do amante em um crime premeditado. “Ela atraiu o esposo para sua residência na expectativa de reatarem, mas se tratava de uma emboscada”, diz Joás de Souza, delegado-chefe da 17ª Delegacia de Polícia.

De acordo com o investigador, a ação foi registrada por câmeras de segurança da rua, na QNM 17. “Nas imagens aparece quando a vítima chegou à casa dirigindo a caminhonete e ficou lá dentro por um período. Ela colocou o carro dentro da garagem para não ter testemunhas, mas mesmo assim as câmeras conseguiram capturar o momento em que os envolvidos entraram no carro”, conta o delegado.

A dupla dominou o idoso, o colocou no carro e passou a noite rodando pelo Distrito Federal. Enquanto a mulher dirigia, o amante, José Willamy de Melo Raiol, 26 anos, torturava a vítima no banco traseiro. Para a polícia, os envolvidos tentavam descobrir senhas bancárias. O idoso foi morto com um tiro na cabeça e seu corpo foi jogado às margens da DF-001, entre o Núcleo Bandeirante e Santa Maria. Segundo o delegado, o José mandou Elizângela cobrir o rosto do ex para que não visse a execução.

“Para tentar dissimular, ela foi até a delegacia no dia seguinte registrar o desaparecimento e apresentar o carro que teria sido encontrado abandonado. No entanto, 72 horas após o crime ela e o amante foram identificados como autores”, lembra o delegado. À polícia, a suspeita mulher diz que cometeu o crime coagida pelo amante, mas, conforme o delegado Joás, as imagens descartam a possibilidade.

O carro foi localizado próximo a um motel em Taguatinga Norte pela Polícia Militar, alvo de críticas por parte do delegado, que entende que a postura da corporação deveria ser registrar ocorrência. Isso porque havia marcas de sangue na caminhonete. “A perícia foi comprometida”, diz.

Foragido

José Willamy de Melo Raiol está foragido. A Polícia ainda não sabe se o homem tem envolvimento com o mundo do crime. “A frieza, situação e dinâmica dos fatos são típicos de pessoas envolvidas com crimes. Também é estranho ele ter várias tatuagens com nomes de mulheres pelo corpo”, pensa o investigador. A dupla deverá responder pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte, e pode ficar reclusa por até 30 anos.

PCDF/Divulgação

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