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Brasília

Amigos prestam homenagens a jovem morto após defender amigo de policial racista

Arquivo Geral

16/05/2018 19h31

Reprodução/Facebook

Jéssica Antunes
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Amigos organizam uma passeata em protesto pela morte de Gustavo Gero Soares, empresário de 25 anos morto por defender um amigo de ataques racistas, no último sábado (12). Ele levou um tiro no peito em plena luz do dia após uma briga na QNL 9/11, em Taguatinga. Seu algoz é apontado como Paulo Roberto Gomes Bandeira, um policial civil de Goiás que recebe tratamento psiquiátrico por crises de ansiedade e já teria facilitado a fuga de detentos.

A vítima havia inaugurado uma loja de autopeças há menos de três meses e estava animada. Nas redes sociais, colegas prestam homenagens.”Até quando a violência policial vai passar impune? Em meio a dor, fica um pedido por justiça!”, bradou Gabriela Cabral, por meio do Facebook. O suspeito está preso preventivamente pela Justiça do Distrito Federal.

Reprodução/Facebook

Carlos Augusto Moreira Galvão, 26 anos, estava com Gustavo no momento do crime e foi alvo das ofensas. Ao Jornal de Brasília, ele lamentou: “meu amigo morreu me defendendo”. No Facebook, ele também publicou uma homenagem ao melhor amigo: “eu sei meu irmão, eu sei que você está rezando por todos nós aqui na terra, porque seu coração era bondoso demais. Vou pedir mais um favor, me ajuda daí de cima que eu vou te ajudar daqui de baixo, a gente vai fazer Justiça juntos.”

Nas redes sociais, a alegria de Gustavo é enaltecida. “Não tinha como uma pessoa ser tão feliz quanto ele, uma felicidade que chegava a ser extravagante. Fosse na dor ou na alegria conseguia arrancar o seu melhor sorriso […] Nosso McGyver se foi”, publicou Aluisio Silva. “Ser simples não bastava, a luz brilhava mais do que podia […] Deus só chamou porque o céu estava triste”, lamentou-se Daniel Mariano.

PROTESTO

No próximo sábado (19), amigos farão uma manifestação por Justiça. A concentração está marcada para 15h30, no local do crime. O pedido dos organizadores é que todos estejam de camisa branca, levem balões e apitos. Gustavo começou a trabalhar aos 16 anos.

Reprodução/Facebook

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