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Brasília

Ambulantes acompanham encenação e aproveitam para fazer renda extra em Planaltina

Arquivo Geral

30/03/2018 17h25

Josélia Silva Gomes. Foto: Rafaella Panceri

Rafaella Panceri
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Ambulantes aproveitam o evento do Morro da Capelinha, em Planaltina, nesta sexta-feira (30), para vender produtos de todo tipo e complementar a renda. Mesmo a chuva, que caiu por volta das 16h, não foi motivo para desistir das vendas. Comerciantes e fiéis continuaram a subir a ladeira até o início da encenação da Paixão de Cristo, que começou por volta das 16h40, se escondendo da chuva como podiam. Capas de chuva, porções de quebra-queixo, salgados, picolé, água, refrigerante e sucos, além de terços e chaveiros, movimentavam a cena. Por volta das 17h20, o público era de cerca de 20 mil pessoas pessoas, segundo a PM.

A família da assistente administrativa Edinalda Alves de Oliveira, 30, trouxe as capas de chuva de casa, para evitar gastos. As que são vendidas no local custavam R$ 20. Acompanhada por vários sobrinhos pequenos e outros familiares, ela ressalta a importância do evento. “Venho desde criança. É tradição de família. Mostramos para eles, ainda crianças, o que significa a união. É isso aqui. A chuva só trouxe mais alegria”, compartilha.

Os vendedores ambulantes Josélia Silva Gomes, 22, e Elisvaldo Ferreira Souza, 33, também estavam munidos de capa de chuva e vieram em um grupo de quatro pessoas para vender quebra-queixo. Esperam terminar o evento com mais de R$ 5 mil no bolso.

Elisvaldo vende o produto em Taguatinga regularmente. Há oito anos, aproveita o evento para complementar a renda da família. “No ano passado perdi 25 bandejas de quebra-queixo, por causa da fiscalização. Mas vim de novo. Tem que ganhar a vida. Não tem jeito”, explica. “Ano passado consegui ganhar R$ 3,2 mil, com cinco bandejas”, lembra.

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Para outro casal, a esperança também embala a subida da ladeira do Morro da Capelinha. Com terços e chaveiros que custam de R$ 15 a R$ 20 em mãos, o ambulante Gilvan Araújo, 43, pretende voltar para casa com R$ 350. Ele confessa que vem ao evento há dez anos porque gosta da festa. “É muito gostoso isso daqui. Vale à pena o trabalho, mas venho para prestigiar”, conta.

Ao lado de Gilvan, Edilene Pereira, 34, faz a procissão com uma bandeja de bombons caseiros. Cada unidade, nos sabores maracujá, brigadeiro, limão e uva, custa R$ 5. Participante há apenas dois anos, ela define o evento como “encantador”. “A gente vem, vê as apresentações e aproveita pra ganhar um dinheirinho extra”, expõe.

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