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Renato Matsunaga

Missão Biotic: Brasília quer ser a capital da Biotecnologia

Viagem de empreendedores patrocinada pela Fibra tem por objetivo estimular o sucesso do novo Parque Tecnológico de Brasília

Renato Matsunaga

08/03/2018 15h38

Atualizada 09/03/2018 19h19

Ana Volpe/Senado

Brasília, capital da esperança. Cidade estrategicamente localizada no coração do Brasil. Amada por seus habitantes e odiada por boa parte dos outros brasileiros.

Quem aqui mora, se indigna cada vez mais quando percebe a péssima imagem que colou em nosso amado quadradinho. É só sair daqui para ouvir “Ih… é deputado?”, “Mas só tem ladrão naquela cidade hein?”, “Credo, detesto esse lugar”, isso para citar apenas algumas das frases que nos acostumamos a ouvir por aí. O ódio que perdura sobre a cidade é mais do que injusto, pois sabemos que aqui mora gente de bem, que trabalha, luta e se dedica não apenas por um futuro melhor para si e para seus filhos, como também para todos os brasileiros.

Mesmo assim, a imagem que acabou colando na cidade foi a de capital dos políticos, da corrupção e das mamatas nas “tetas” do governo. É bem verdade que pouco ajuda a nossa atual situação. Atolado em dívidas, o Governo do Distrito Federal sofre para honrar os seus compromissos e trava batalhas “infindáveis”com os sindicatos dos servidores da cidade. Os investimentos em infraestrutura e desenvolvimento parecem um sonho cada vez mais distante e a cidade que costumava ser comparada a uma ilha da fantasia começa a sofrer com problemas que mais parecem pesadelos. Mesmo com o maior orçamento per capita do Brasil, a cidade sofre com falta de orçamento. Porque Brasília não consegue sair dessa posição?

Muitos podem acusar o governo de má-gestão. Outros podem dizer que é culpa da corrupção. Outros podem alegar que é pura mentira do governo para planos eleitorais. Pode ser que estejam certos, pode ser que não. Ou talvez, estejam certos em parte.

Fora do campo das especulações, um fato é inquestionável: o modelo de cidade baseada nos serviços públicos se esgotou. Brasília precisa de alternativas para gerar renda e emprego, para gerar desenvolvimento, para ser um exemplo para todo o Brasil.

Apostando no alto grau de escolaridade de seus habitantes, na veia empreendedora que começa a emergir cada vez mais na cidade e na localização estratégica de nossa capital, o Governo Rollemberg trata o projeto do Parque Tecnológico de Brasília-Biotic como possível solução para um futuro melhor.

O Parque Tecnológico de Brasília – Biotic, com 1.030.652 m² de área, é tratado pelo Governo do Distrito Federal como um novo vetor de desenvolvimento econômico e social e diversificação da estrutura produtiva do DF, tendo como base a bioeconomia. Previsto para ser inaugurado em abril deste ano, o parque prevê a concentração de cerca de 1,2 mil empresas dos ramos da tecnologia da informação e da comunicação e da biotecnologia.

A promessa é de um ecossistema de inovação, integrando a academia, governo e iniciativa privada, com foco nos setores de pesquisa, desenvolvimento e inovação das empresas e startups, dos ramos de Biotecnologia e a Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC.

Entre as empresas que já confirmaram a sua instalação no Parque está o Sebrae, que implantará o sebraelab, um ambiente baseado em coworking especialmente desenhado para a criação de negócios na área de tecnologia e informação. Projetado para favorecer a troca de ideias e colaboração entre diferentes profissionais, o projeto baseia-se em três pilares: learn (aprender), attend (comparecer) e business (negócios).

Acreditando no sucesso do Biotic, a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) está organizando em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação, Ciência e Tecnologia (Sedicit) uma missão de empresários a Nova York e San Francisco para apresentar o Parque Tecnológico de Brasília a grandes empresas de tecnologia instaladas nessas cidades e convencê-las a instalar suas operações no novo espaço de inovação da capital.

Entre as visitas já confirmadas estão:

– A Singularity University, iniciativa apoiada por grandes empresas como a Nasa e o Google em pleno Vale do Silício;

– A Stanford MediaX, iniciativa da universidade de Stanford voltada para tecnologia e empreendedorismo;

– A Cornell Tech, campus de empreendedorismo, tecnologia e inovação em Nova York;

– O Plug and Play Tech center, local de conexão entre startups e investidores no Vale do Silício, por onde passaram iniciativas como o Dropbox e a PayPal; e

– A sede americana da Samsung, entre outros locais onde fervilham a inovação e o empreendedorismo.

O Jornal de Brasília foi convidado para essa missão, compreendida entre os dias 11 a 16 de março próximos, e por isso faremos atualizações constantes com o resultado das visitas. Vamos conferir? Acompanhe no nosso portal, na edição impressa e também nas nossas redes sociais durante esse período.

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