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Viva

Voz de Joss Stone é indiscutível, porém show na capital não surpreende

Arquivo Geral

16/03/2015 11h57

Na última sexta (13) Brasília recebeu a artista inglesa Joss Stone para o show da turnê de divulgação do seu sétimo álbum – Water For Your Soul – que será lançado no segundo semestre de 2015. O espetáculo ocorreu no espaço Net Live Brasília, na Vila Planalto e teve público estimado em 4,5 mil pessoas.

Apresentação muito esperada – a cantora viria à capital pela primeira vez – mas que deixou a desejar em muitos sentidos. Não pela música. Considerada a diva do soul na atualidade, Joss arrasou no vocal. A inglesa tem uma voz poderosa capaz de tocar a alma. A banda sustentou o talento da cantora acompanhando sublimemente o vozerão emocionado.

No início da apresentação, Joss demonstrou cansaço, muito mais na expressão corporal do que na voz. De pés descalços, como de costume, ela tomava chá enquanto conversava com o público. Sentada em um banquinho, onde resposou as pernas durante algumas canções, Joss declarou: “sempre que se sentir cansado ou doente, a música tem o poder de te fazer sentir melhor”. 

Mesmo aparentemente desgastada, ela conseguiu levar o público a loucura e fazê-lo acompanhar o refrão de músicas como Super Duper Love, Fell in Love With a Boy e Right to be Wrong. Com menos de uma hora e meia de show, faltou um passeio maior pelos álbuns anteriores. A maior parte do repertório pertencia ao Water For Your Soul.

Sobre o álbum, que será lançado ainda este ano, pela prévia do show, podemos esperar algo um pouco diferente do soul que levou Joss às paradas de sucesso. As músicas novas têm uma pegada leve e remetem mais ao reggae.

A sensação de que ela não estava em seus melhores dias foi reforçada quando Joss encerrou o show e deixou o palco sem apresentar a banda.

Espaço ruim

Além dos preços de ingressos exorbitantes, que variaram entre R$ 130 e R$ 500, o acesso ao local do show é muito reduzido. Só chegou quem foi de carro ou táxi. Por este motivo, faltou estacionamento e o pessoal acabou deixando os carros nos gramados. Por causa da chuva, muitos veículos atolaram e teve quem cobrasse até R$ 20 reais para empurrar os veículos. O público, bastante elitizado, criava caso e discutia na saída do show por conta do engarrafamento e das manobras ilegais de alguns automóveis. A polícia apenas observava o movimento.

Outra reclamação foi de quem pagou para assistir o show na pista comum. A organização do evento colocou um bar, que servia bebidas, salgados e bolos “goumert”, entre a pista premium, que chegou a valer R$ 400, e o local que custava R$ 130. “Além de ter a visão prejudicada pelo bar, o local era cheio de pilastras que também impediam a visão. Nem pelos telões consegui ver, pois estavam desligados. Achei descaso da organização com quem pagou pelo ingresso ‘mais barato'”, reclamou Melissa Vanini, universitária.

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