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Viva

Conheça as musas do funk da capital

Arquivo Geral

12/11/2014 7h00

Por cima das fortes batidas eletrônicas, elas colocam suas vozes e cantam músicas que questionam a sociedade, retratam os excluídos, falam de bebidas, drogas, homens e carros.  O funk carioca, o melódico, o proibidão, e o ostentação, originado em São Paulo, têm  ganhado a capital federal. 

Com codinomes que as popularizam nas pistas, MC Jenny – a sensação do momento –, MC Monstra, MC Bandida e MC Sarada são algumas dessas mulheres que mostram que o funk  brasiliense começou a criar as suas raízes e particularidades.

Nas pistas, Adriana Santos, 27 anos, se transforma. Com shorts curtos, calças leggings, boné na cabeça e um salto plataforma, ela vira a MC Monstra. Publicitária e hoje assistente de um banco, a funkeira do Guará se vira de dia nos outros empregos. Mas, nas noites,  corre atrás das batidas do pancadão.

Afinal, é com a carreira da música que ela sonha desde pequena. “Eu cantava sertanejo ainda bem novinha. Quando vi o funk crescer no País e em Brasília pensei: Já que não toco nenhum instrumento e ainda não consegui formar uma banda, vou investir no funk que é um gênero independente”, conta MC Monstra em entrevista ao JBr..

Pela culatra

E foi batendo de porta em porta, e de estúdio em estúdio que ela começou a se projetar. A princípio, negativamente. Em outubro de 2013, a cantora conseguiu gravar sua primeira música  e clipe em um estúdio. A canção de sua autoria, Mulher Ostenta, foi sucesso de visualizações  no YouTube. No entanto, não agradou. “O clipe era muito ruim mesmo e tinha sido mal editado. Mas bombou. As pessoas assistiam para falar mal. Mas não teve  problema, continuei a escrever minhas letras”, comenta.

Hoje, Adriana conta com  sete canções que pegaram. O hit O Quê Que Isso, um dos seus maiores sucessos, chegou a ser  tocado nas rádios. Falta agora o esperado patrocínio para ir mais longe.

“Funk é cultura, fala das periferias do País. Não acho que temos que cantar pelada para nos projetar,  embora sei que alguns achem essa a forma mais fácil de atingir a fama”, pontua.

Dançando com bandidagem e fisiculturismo

E se é para cantar, dançar e fazer funk, a brasiliense do Varjão,  Valéria Maria de Santana, assume a personalidade de MC Bandida. Com um visual “paniquete”, a jornalista de 28 anos escolheu seguir o  caminho da música. Ela conheceu os  integrantes do grupo de funk Bonde Tesão e resolveu chamar o vocalista para cantar. De uma  suposta brincadeira, já conta com mais de 35 canções.

“Participei ativamente das manifestações de  2013, daí veio o nome MC Bandida. O funk tem essa característica de protesto”, explica a funkeira.

Em forma

Quem também está investindo firme na carreira é Vanessa Soares. A fisiculturista  assina  como MC Sarada e decidiu viver de funk. Sucesso com o hit Tô Rebolando, ela pretende incentivar o gênero em Brasília.

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