Larissa Galli
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Desde quando o ser humano começou a se manifestar artisticamente, representar a si mesmo nas obras é uma prática constante. A forma como o homem se representou ao longo dos tempos mudou de acordo com a visão que tinha de si mesmo e do mundo que o rodeava. Nas cavernas, por exemplo, o homem já se incluía nos primeiros desenhos. Os artistas do Antigo Egipto, da Antiga Grécia e Roma, da Idade Média, do Renascimento, do Barroco, do Romantismo e dos séculos XX e XXI também representam a Figura Humana, com formas diferentes entre si.
Em cada lugar e época, a representação da figura humana assumiu formas e causas diferentes. A exposição ENTRE NÓS – A figura humana no acervo do MASP, que começa hoje e segue em cartaz até o dia 18 de setembro no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul), traz pela primeira vez para Brasília obras que retratam a figura humana de artistas de vários movimentos estéticos, como o pós-impressionista Van Gogh, o cubista Picasso, o neoclassicista Goya e o barroco Velászquez, além dos brasileiros modernistas Candido Portinari, Djanira, Vicente do Rego Monteiro, Carlos Prado e José Pancetti.
A exposição abrange um longo período histórico, que começa nos anos 900-1200 D.C., com peças pré-colombianas, e chega aos dias de hoje, com imagens da fotografia moderna e estabelece um diálogo entre as distintas formas de representação e culturas. A mostra é um grande passeio pela história da arte, com peças do acervo do MASP da arte da Europa, África e das Américas. Composta por cerca de 100 obras, a ideia da mostra é apresentar a transformação da sociedade e da própria arte ao longo dos séculos tendo como referência a representação da figura humana.
De acordo com a curadora do MASP e assistente de curadoria da exposição Olivia Ardui, ENTRE NÓS – A figura humana no acervo do MASP contribui também para a circulação do acervo do museu paulista, que é o maior da América Latina. “Um dos objetivos é fazer com que um acervo tão importante quanto esse viaje para outras cidades e que outras pessoas possam ter acesso a ele”, explica.
Além disso, a ideia é apresentar novas leituras e olhares para as obras. “Para isso, organizamos um seminário com especialistas locais para fazer análises de algumas obras e promover um diálogo e interlocução com o cenário artístico local”, afirma Olivia. O seminário está marcado para o dia 12 de agosto e os nomes devem ser divulgados em breve.
Exposição de obras de alguns dos maiores nomes da arte de todos os tempos, no Brasil e no mundo.
De 19 de de julho a 18 de setembro, no CCBB Brasília.
Foto: Divulgação
Obras antológicas como Ecce Homo ou Pilatos apresenta Cristo à multidão, de Jacopo Tintoretto, A Arlesiana, de Vincent Van Gogh, Êxtase de São Francisco com os Estigmas, de El Greco, dentre muitas outras poderão ser conferidas de perto. Duas obras recentemente adquiridas pelo Museu também fazem parte da exposição. São elas Candombe, de Pedro Figari, 1930, e O Artista, de Heitor dos Prazeres, 1959.
Fotografias de Claudia Andujar, como Yanomami (1974) e esculturas de Edgar Degas também fazem parte do acervo escolhido pela curadoria para vir a Brasília. Em seus trabalhos, Degas detalha a evolução dos movimentos de uma bailarina.
ENTRE NÓS – A figura humana no acervo do MASP
De hoje até 18/09 no Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília (Setor de Clubes Esportivos Sul). De terça a domingo, das 9h às 21h.
Entrada franca. Informações: 3108-7600. Classificação livre.
Exposição de obras de alguns dos maiores nomes da arte de todos os tempos, no Brasil e no mundo.
De 19 de de julho a 18 de setembro, no CCBB Brasília.
Foto: Divulgação
