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Diogo Nogueira lança “Alma Brasileira” em CD e DVD

Arquivo Geral

10/10/2016 7h36

Guto Costa/Divulgação

Ícaro Andrade
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Figura ilustre do samba, Diogo Nogueira, de 35 anos, acaba de lançar seu mais novo trabalho, o DVD Alma Brasileira, gravado em Maio no Rio de Janeiro. Marcando um momento importante na vida e carreira do artista, seu quarto DVD faz uma homenagem aos clássicos do samba. Em entrevista ao Jornal de Brasília, o músico carioca fala sobre a importância de cada artista reverenciado e sobre a forma que eles contribuíram na criação do novo projeto musical. Dentre os homenageados estão ícones da música popular brasileira, como Zeca Pagadinho, Milton Nascimento, Cazuza, Gonzaguinha, Djavan, Tim Maia e Martinho da Vila.

Para realizar o tributo, Diogo convidou artistas mais que especiais, como Maria Rita, com quem interpreta Beiral, clássico de Djavan; e Beth Carvalho, a eterna Madrinha do samba contemporâneo. Com Beth, Diogo interpreta dois clássicos de quintal, Firme e Forte, de Edson e Neil Lopes, e Caciqueando, de Noca da Portela. Uma grande festa registrada justamente no ano em que se comemora o centenário do samba no Brasil, data já devidamente lembrada pelo cantor no espetáculo musical SamBRA — 100 Anos de Samba, cuja turnê passou por aqui, no ano passado.

O que significa Alma Brasileira?

O samba é uma religião, é um ritmo musical que vem dos nossos ancestrais, do batuque, da cuimba, da mandinga, do gingado. Alma brasileira é isso, esse misto de culturas que todos nós, brasileiros, herdamos. A gente carrega o samba na veia, ele só não está totalmente aguçado para alguns (risos).

Pode-se dizer que o CD/DVD é um presente para o ano em que se comemora o centenário do samba no Brasil?

Foi uma coincidência incrível e fico muito feliz por isso. Fiz essa homenagem ao samba e à música brasileira por achar que as músicas escolhidas são a verdadeira representação do que é o povo brasileiro.

Qual a importância dos cantores homenageados no disco em sua vida?

Zeca (Pagodinho) era amigo do meu pai (o cantor e compositor João Nogueira) e me viu crescer. Minha mãe cantava as canções de Milton Nascimento enquanto fazia comida em casa, e Gonzaguinha também era amigo do meu pai, os dois jogaram muita bola juntos. Cazuza fez parte da minha infância, escutava muito em companhia das minhas irmãs. Enfim, assim como na minha vida, os artistas escolhidos fazem, ou já fizeram, parte do cotidiano de todos nós.

Como surgiu a ideia de interpretar Cazuza?

A música Codinome Beija-for chegou ao repertório do DVD graças a uma gravação que fiz para rádio. Me pediram para cantar um rock e, como já escutava muito a música, acabei gravando. Então, um dia, me encontrei com a mãe do Cazuza, Lucinha Araújo, que me disse ter ouvido minha interpretação da canção no tal programa de rádio. Ela disse que gostaria muito que a canção fizesse parte do meu repertório. Prontamente atendi ao pedido e coloquei no disco.

Você canta Beiral, canção de Djavan, com Maria Rita. De que forma aconteceram essas escolhas?

Além de ser um cara muito pop, o Djavan também produz muitos sambas. Logo, ele tem a alma e a essência sambista. Escolhi Beiral por ver embutida na música uma gafieira e um toque de samba que, ao ouvir, só me fez lembrar de Maria Rita.

Beth Carvalho está em duas canções presentes no DVD. Qual a sua relação com a cantora?

Ela foi muito amiga do meu pai. É uma artista que revelou muitos compositores e grandes artistas. No início da minha carreira, Beth me puxou para fazer uma participação em um DVD, no Teatro Municipal, que acabou sendo transmitido em rede nacional. A partir disso, o Brasil conheceu o filho do João Nogueira, perceberam que eu também representava o samba. Convidei ela por ser uma mulher forte, aguerrida. Foi uma forma de gratidão trazer a Beth para o meu DVD. É uma forma de agradecimento por tudo que ela fez e ainda faz pelo samba.

Você escolheu cantar Nó da Madeira, música de autoria do seu pai, João Nogueira, no disco. Tem alguma razão especial?

Não teve motivo especial, já que gosto de todas as suas músicas. Em Nó da Madeira, eu toco “flugelhorn” (instrumento de sopro do grupo dos metais, da família do trompete), instrumento que aprendi a tocar e que gosto muito. No meio de todas as homenagens do disco, resolvi também homenagear meu pai e, tirando onda, acabei tocando flugelhorn (risos).

Alma Brasileira pode ser considerada também como uma gratidão ao samba?

Sim! É um agradecimento à música popular brasileira, que independe de estilo. Samba, rock, forró, baião… É uma forma de agradecer à música de uma forma geral.

Serviço
Alma Brasileira

Artista: Diogo Nogueira
Gravadora: Universal Music
Faixas: 16
Preço médio: R$ 29,90

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