Michel Toronaga
Especial para o Jornal de Brasília
A palavra amor pode ter múltiplos significados e serviu para que as curadoras Denise Carvalho e Monika Szewczyk reunissem uma série de obras em cartaz até o dia 20 de julho no Oi Futuro, espaço cultural focado em tecnologia e arte localizado no bairro Flamengo, no Rio de Janeiro. Na exposição Amor, o público tem a possibilidade de conhecer a obra de 20 mulheres do Leste Europeu. São artistas que falam de diversos temas atuais, como guerra, política e preconceitos.
A reportagem participou de um debate com as curadoras e três criadoras que fazem parte da mostra. “Estamos pensando no amor como forma de transformar a sociedade. No futuro, o amor será o motor mais importante para as mudanças”, explicou a curadora Denise Carvalho. Ela revelou que a ideia do amor vai além dos relacionamentos entre homem e mulher. As obras abrangem um conteúdo mais amplo. “O que é importante nos trabalhos é o amor como identificação com o outro, como a relação entre mãe e filha”, comenta.
Isso pode ser observado em Self-portrait, da ucraniana Lesia Khomenko. O carinho da mãe que quer colocar a filha para dormir aparece numa série de pinturas íntimas de uma figura sonolenta. Lentamente o visitante acompanha o processo de construção da imagem, por meio de pinceladas que completam e modificam os desenhos, representando a própria artista com os olhos fechando-se lentamente, num hipnótico – e tranquilizante – vídeo.
Amor ocupa praticamente todos os espaços disponíveis do Oi Futuro. Nas paredes, projeções exibem trabalhos inéditos no Brasil. E é surpreendente que até mesmo o elevador sirva para integrar os visitantes na proposta.
O repórter viajou a convite da Oi Futuro
