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Artista chilena traz para Brasília exposição inspirada na água

Arquivo Geral

17/03/2016 16h00

Obras inéditas de Patrícia Claro entram em cartaz no Museu Nacional,a partir da próxima terça (22), quando é comemorado o Dia Mundial da Água. Um dos grandes atrativos da mostra é a sua montagem que utiliza tecnologia de ponta. A mostra ficará exposta das 9h às 18h30. A entrada é franca e classificação indicativa é livre.

 No momento em que o país busca superar uma avassaladora crise hídrica, a exposição Formas d’Água – Integração Por Dispersão, da artista chilena Patrícia Claro, aproveita o Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, para homenagear um dos nossos bens naturais mais preciosos. A mostra fica em cartaz no Museu Nacional entre 22 de março a 24 de abril, com entrada franca.

 O evento é uma concepção e realização da Plano Cultural (SP), com curadoria de Rafael Raddi, sob o patrocínio do CAF – Banco de Fomento da América Latina e com apoio da Fundação Vanzolini.

 Além de Brasília, Formas d’Água passará também por Campinas (SP), Campo Grande (MS) e Belém (PA). Em 2017, segue para o Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), Campina Grande (PB), Florianópolis (SC) e Foz de Iguaçu (PR). Em cada uma das estações por onde passa, a exposição ganha um viés curatorial diferente e Patrícia aproveita para realizar uma residência artística.

 Em Brasília, o tema é Integração por Dispersão e aqui ela pretende visitar, além de arquivos e instituições, as paisagens nas regiões de Olhos D’água, Chapada dos Veadeiros e na Serra dos Pirineus, sempre acompanhada pelos órganismos responsáveis por essas áreas.

 Na Capital Federal, a exposição tem um contexto especial. A princípio a inspiração é a célebre Missão Cruls. Integrar vem pelo fato da capital ser um lugar que aglutina diversos povos e cultura. Já a dispersão, nos remete às águas, objeto chave da exposição, uma vez que é no Distrito Federal onde está localizada a Estação Ecológica de Águas Emendadas, cujo fenômeno hidrográfico de dispersão de águas para lados opostos forma a Bacia do Tocantins-Araguaia e a Bacia Platina, que abastecem diversos lugares no Brasil.

 Multimídia, a artista trabalha com pintura, fotografia, gravura e videoinstalações. Ela viu no reflexo produzido na água uma fonte infinita de imagens e transformou isso em arte. Patrícia utiliza meios digitais para um processo pictórico em óleo sobre tela, onde os detalhes essenciais recebem aporte digital para atingir o efeito de reflexo. 

 Ela também utiliza vídeos e outras linguagens para mostrar as possibilidades artísticas da água. Algumas das obras ganham força com a música experimental do músico chileno Max Zegers, com vasta experiência como compositor de trilhas sonoras.

A montagem é um dos atrativos da exposição Formas d’Água. 

Recursos tecnológicos de ponta permitirão aos visitantes uma maior integração com as ideias da artista, além de ampliar a acessibilidade às informações e meios que ajudaram a configurar o evento. Os dados sobre as obras – tais como descrição, técnica, local onde foi concebida e realizada, materiais, motivações da artista – poderão ser acessados por meio de QR-Code (código de barras bidimensional) utilizando smart-phones. 

 A exposição busca um paralelo com os diversos significados que a água adquiriu ao longo da história da arte. Há momentos, em que transmite a vitalidade e juventude da renascença pictórica. Outras vezes, traz o ritmo barroco, a intensa forma de expressar do romantismo ou promove um jogo visual como na arte impressionista.

 Com um trabalho que tende ao abstrato, a artista discute a problemática ecológica e também as artes visuais como indústria, por meio da Economia Criativa. Patrícia Claro aproveita a oportunidade de exibir suas obras no Brasil, país com maior concentração de água no mundo, para refletir sobre a diversidade de biomas em cada região onde irá expor.

 A exposição Formas D’água prevê, ainda, um projeto pedagógico para escolas públicas e privadas do DF. O objetivo é trabalhar de forma lúdica com jogos e brincadeiras inspiradas na obra e nas ideias da artista. O programa educativo incluirá crianças e jovens com necessidades especiais. Além dos objetivos educacionais, o projeto pretende, também, estimular os estudantes a deixar os registros de suas sensações na exposição.

 Sobre a artista

 Nascida em Santiago (Chile), em 1960, Patrícia Claro estudou Desenho e Licenciatura em Artes e Design na Universidade Católica. Suas obras já foram expostas em diversas galerias e mostras ao redor do mundo, como Chile, Estados Unidos, China, Bélgica, entre outros países.

Saiba mais sobre a artista no site: http://www.patriciaclaro.com

Serviço

Data: 23 de março a 24 de abril

Hora: terça a domingo, das 9h às 18h30

Local: Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília/DF

Informações: (61) 8126-6445 | (61) 3324-0559

Classificação indicativa Livre

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