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Artistas do DF elegem os melhores do ano

Arquivo Geral

09/12/2015 6h00

Raquel Martins Ribeiro

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Pluralidade é a palavra da vez para definir a cena cultural brasiliense este ano. Seja no teatro, cinema, literatura ou música, Brasília não deixou a desejar em 2015. Ano de muitos lançamentos e projetos, a ordem foi se reinventar. E quem ganhou com isso foi o público, que não pode se queixar do número de produções locais. Pensando nisso, o JBr. lançou um desafio para três artistas do Distrito Federal: escolher os destaques deste ano na sua área de atuação.

Para falar de teatro, convidamos o ator da Cia. Fábrica de Teatro e produtor cultural Josuel Junior. No campo da música, a cantora e compositora Adriana Samartini; e para escolher o melhor do cinema, pedimos a opinião do diretor e cineasta Mauro Giantini.

Ator que se prepara para representar Brasília no Festival Entepola, no Chile, ao lado dos colegas da Fábrica de Teatro, Josuel Junior já encenou sete espetáculos durante os seis anos da companhia. Atualmente, eles está produzindo um ensaio fotográfico que propõe o debate sobre HIV por meio de imagens. Josuel conta que assistiu a muitos espetáculos em 2015, não só de grupos experientes, mas também de iniciantes. “Sempre é bom  dar uma misturada, até para entender como estão as tendências”.

Ele elegeu como  favorito o espetáculo teatral Desbunde, de Juliana Drummond e Abaetê Queiroz. Segundo o artista, a montagem mostrou maturidade cênica ao retratar uma chanchada teatral no estilo do grupo de teatro Dzi Croquettes, com boas doses de ironias e performances dos atores – que atacavam sutilmente a crise cultural brasileira e a volta de um clima politicamente opressor. Josuel destaca, também, os momentos em que os atores saíram do roteiro para provocar a plateia. “Saí do teatro com o afã de também fazer algo que instigasse o público a pensar”, revela.

A cidade também recebeu boas surpresas na área musical. A cantora Adriana Samartini, conhecida por levar ritmos como axé, arrocha e sertanejo a diversos espaços da capital, também escolheu o seu predileto. Para ela, a banda Surf Sessions, que acaba de gravar o DVD acústico Surf Sessions – Ao Vivo em São Paulo, chamou a atenção. “Eles produzem, gravam, viajam e tocam. São muito completos e envolvidos com a música que fazem”, opina a artista.

Produções da sétima arte a todo vapor

Diretor do filme Até que a Casa Caia, o cineasta Mauro Giuntini também deu a sua opinião sobre o destaque na sétima arte da cidade. Mas em vez de escolher apenas um filme, considerou como mais relevante o grande número de produções brasilienses em 2015. “Essa produção expressiva é resultado do empenho dos realizadores e produtoras da cidade”, elogia.

Giuntini ressalta também a importância de políticas públicas e investimentos no desenvolvimento da cadeia produtiva do cinema. E cita como exemplo o Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e a Secretaria do Audiovisual do Minc – Ministério da Cultura.

Ao todo, seis filmes foram produzidos no Distrito Federal em 2015: Licença Prêmio, de Santiago Dellape; 3X4, de Adriana Vasconcelos; Campus Santo, de Marcio Curi; A Crônica dos Mortos Vivos, de Jimi Figueiredo; A Espera de Liz, de Bruno Torres; e Depois de Você, de Marcus Ligocki.

DF vira cenário

A história de uma família, que mistura drama, romance e comédia, e trata até de corrupção, é o mote de Até que a Casa Caia, longa de Mauro Giuntini, filmado em Brasília, que estreia amanhã, depois de ter participado do World Film Festival em Montreal (Canadá) e encerrar a última edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. No elenco, Marat Descartes  e Virginia Cavendish interpretam o casal separado, que vive sob o mesmo teto com o filho Mateus (Emanuel Lavor). Marisol Ribeiro faz o papel da amante.

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