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Viva

Show reúne estrelas da MPB para celebrar Maria Bethânia

Arquivo Geral

25/11/2015 6h00

Raquel Martins Ribeiro

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Não há como falar em música popular brasileira sem citar o nome de uma das maiores intérpretes do País, Maria Bethânia. Apesar de não ser compositora, a personalidade da irmã de Caetano Veloso está impregnada em todas as canções para as quais emprestou sua voz. Para comemorar os 50 anos de carreira da artista baiana, a 26ª edição do Prêmio da Música Brasileira promove uma turnê especial em sua homenagem, que desembarca amanhã em Brasília.

O show acontece no Centro Internacional de Convenções do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul), e traz grandes nomes da música, como Arlindo Cruz, Lenine, Zélia Duncan e João Bosco, além da atriz Camila Pitanga – que canta para o grande público pela primeira vez. No palco, todos têm o desafio de entoar canções eternizadas por Bethânia, que também participa do espetáculo musical na capital federal.

“Estamos sempre passando por essa experiência. Cantar músicas que são definitivas na interpretação de outros grandes artistas, como é o caso de Bethânia, não deixa de ser também um aprendizado”, ressalta o cantor e compositor João Bosco, que já teve Memória da Pele, uma de suas composições em parceria com Waly Salomão, gravada pela artista.

Pluralidade

No palco, além da música de sua autoria, João Bosco também escolheu apresentar canções como De Manhã, de Caetano Veloso; Morena do Mar, de Dorival Caymmi; Rio de Janeiro, Isto é o Meu Brasil, de Ary Barroso; e Negue, de Adelino Moreira.

“Maria Bethânia tem um repertório plural. É uma das raras intérpretes brasileiras que usam linguagem cênica nas suas interpretações”, elogia o violonista.

Para Bosco, renomado compositor, um dos maiores trunfos da veterana é o respeito e paixão que a artista demonstra por cada letra que escolhe cantar. “Ela é uma intérprete que tem verdadeira devoção à palavra, cantada ou não”, considera.

Herança musical

O músico garante, ainda, que as atuais representantes da música brasileira podem se beneficiar e ser influenciadas pelo patrimônio cultural deixado por Bethânia. “Acho que seu legado está aí. São 50 anos de dedicação à nossa música popular. Fazer uso disso vai depender do talento das novas gerações”.

Com mais de 40 anos de carreira e 27 álbuns gravados, João Bosco é notoriamente um dos principais nomes da MPB. Com esse currículo, o músico segue fazendo o que mais ama. “Meu ofício é a música. Estou sempre trabalhando nela”, conclui o artista.

Outras vozes e composições autorais

Poucas pessoas sabem, mas a atriz global Camila Pitanga também canta. Já chegou, inclusive, a fazer algumas participações em projetos especiais. Mas amanhã, na turnê do Prêmio da Música Brasileira, será a primeira vez que a artista cantará em um teatro, para um grande público. E, principalmente, cercada de grandes cantores e cantoras.

Sem se intimidar, Camila escolheu interpretar duas canções de Bethânia, Âmbar, de Adriana Calcanhoto; e Gema, de Caetano Veloso. Além disso, recita um texto do poeta brasileiro Waly Salomão.

O pernambucano Lenine já teve suas composições gravadas pela homenageada. Mas no palco  ele vai além, canta Lamento Sertanejo, música de autoria de Gilberto Gil, e Último Pau de Arara, de Luiz Gonzaga. E completa a apresentação com autorais gravadas pela intérprete, caso de Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu; e Estado de Poesia.

Serviço

Prêmio da Música Brasileira, com Maria Bethânia, João Bosco, Zélia Duncan, Lenine, Camila Pitanga e Arlindo Cruz –  Amanhã, às 21h. No Centro Internacional de Convenções do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul). Ingressos: Cadeira Premium Banco do Brasil – R$ 250. Setor 1  – R$ 200. Setor 2 – R$ 150. Informações: 3024-1494. Classificação livre.

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