Michel Toronaga
A figura de um homem com máscara feita de carne correndo atrás de adolescentes com uma motosserra remete imediatamente ao Massacre da Serra Elétrica. Mas, desta vez, a cena é de outro filme, o brasileiríssimo Condado Macabro.
Rodado em Mato Grosso do Sul, o longa dirigido por Marcos DeBrito e André C. Mello é uma grande homenagem ao terror. Não faltam referências a grandes produções do gênero. Praticamente todos os clichês estão presentes, a começar pela trama.
Um grupo de amigos aluga uma casa pela internet para passar o feriado. Os personagens são conhecidos: tem o brincalhão que só pensa em sexo (Rafael Raposo, que protagonizou Noel – O Poeta da Vila) e o bom moço Leonardo Miggiorin (da série Presença de Anita). Junto com os rapazes estão garotas que querem aproveitar a mansão para curtir.
Sangue
O que os jovens não imaginavam é que suas vidas correm sério risco por causa um plano maligno. Condado Macabro começa pelo fim, com um interrogatório do suspeito palhaço Cangaço (o ótimo Francisco Gaspar, de A Estrada 47). E, por mais que o roteiro seja repleto de situações que já foram vistas inúmeras vezes na telona, sobra espaço para uma reviravolta no final.
O Brasil (infelizmente) não tem tradição em cinema de horror. Ver um título como Condado em cartaz é boa surpresa, ainda que falte uma identidade para o gênero no País.