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Viva

Projeto imprime trabalhos de artistas plásticos do DF em sacos de pão

Arquivo Geral

10/09/2015 6h00

Raquel Martins Ribeiro

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Que tal ir a padaria e, de lambuja, levar para casa uma obra de arte? Essa é a proposta do projeto Arte Quentinha, que reúne trabalhos de 24 artistas plásticos da cidade, impressos em 130 mil sacos de pão. “Queremos democratizar, colocar a arte na rua. Pessoas que normalmente não frequentam as galerias poderão ter contato com as obras. É tornar acessível à massa”, afirma a coordenadora do projeto, Renata Azambuja.

Para participar da mostra, o site do projeto chegou a receber mais de 200 inscrições. “As pessoas não vão pagar pelas obras, mas mesmo assim os artistas compraram a ideia”, ressalta a coordenadora. Para Renata, o Arte Quentinha é também uma forma de protesto para os artistas. “Tem uma questão política aí. Muitas galerias estão fechando, os artistas não têm onde expor suas obras. É, também, uma maneira de se manifestar”, considera.

Alcance

Formado por Luísa Vieira, Nadine Diel, Marina Fontes e Eduardo Baron, o Coletivo Pântano de Manga é um dos selecionados pelo voto popular. O coletivo participa com obras da coleção Inventário Cerrado, série de ilustrações baseada na vegetação local. “Achamos que era tudo muito urbano. Tentamos fugir usando um tema pouco explorado e muito representativo para a nossa cidade”, diz Luísa.

“Acredito muito nessas propostas que tentam levar mensagens visuais sem tentar vender algo, são poucos espaços para contemplação”, ressalta a artista. Para ela, é uma possibilidade de levar a arte do coletivo a outro nível. “A primeira coisa que chamou nossa atenção foi o alcance. Conseguir atingir um público em que a gente não chega”, conclui a integrante do coletivo.

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