Menu
Viva

Exposição apresenta gravuras e desenhos de Miró

Arquivo Geral

01/07/2015 6h00

Lúria Rezende

Especial para o Jornal de Brasília

Joan Miró (1893-1983) é um daqueles artistas inconfundíveis ao primeiro olhar. Com a característica de trabalhar apenas com cores primárias, o artista catalão tentou representar conceitos da natureza em traços simples, intensos, lúdicos e, por vezes, infantis. Considerado um dos maiores mestres da arte moderna, Miró tem seus últimos 20 anos de trabalho expostos a partir de hoje na galeria da Caixa Cultural.

A exposição A Magia de Miró, em cartaz até 30 de agosto, traz a Brasília uma mostra de caráter itinerante, que já foi vista nos centros de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Fortaleza. “É um acervo do fotógrafo Alfredo Melgar, conde de Villamonte, que foi galerista de Miró por cerca de 40 anos”, explica o coordenador de produção  Phill Gomes.

De acordo com o coordenador, parte dos trabalhos expostos são esboços ou notas que revelam um lado mais íntimo do artista na concepção de sua arte. São gravuras, desenhos, esboços e notas, realizados em superfícies diversas. Para Phill, “ele tinha o hábito de transformar tudo em obra. Até um papel de presente que ganhava ou uma lixa, um giz de cera ou lápis. São muitos trabalhos únicos”.

Momentos de criação

Para além da percepção do mestre modernista em sua criação, o público poderá ter uma dimensão do universo íntimo de Miró em seus momentos de criação registrados por Alfredo Melgar e compilados em 23 fotografias. “As imagens foram feitas quando o artista estava em pleno exercício do ofício, no período de 1963 a 1983, ano em que ele faleceu. Ou seja, Miró morreu trabalhando”, ressalta o produtor.

Acervo inédito e história por trás da fama

Phill Gomes indica A Magia de Miró para todas as idades. “Miró é atemporal. Por causa dos seus traços lúdicos e do uso das cores primárias, ele chama atenção das crianças também. É uma oportunidade única para conhecer este acervo – que visita o Brasil pela primeira vez”, convida.

A mostra reúne obras que fazem parte da coleção de Alfredo Melgar, conde de Villamonte e fotógrafo galerista em Paris, que assina a curadoria da mostra. Antes de investir em seu talento artístico, Miró estudou administração de empresas. Um ataque nervoso, no entanto, fez com que ele abandonasse o curso e retornasse à escola de belas artes.

No início da carreira, o catalão enfrentou dificuldades ao tentar vender suas obras. Passou fome em alguns períodos da vida e chegou a ter crises de alucinação – que foram usadas como inspiração para suas produções. Em uma viagem a Paris, em 1920, conheceu Pablo Picasso e começou a se envolver com grupos dadaístas. Teve seu trabalho reconhecido e morreu rico, aos 90 anos.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado