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Sequência de Vingadores se apropria de clima mais sombrio

Arquivo Geral

23/04/2015 6h30

É difícil não admirar a coragem de Joss Whedon ao unir diversos heróis em apenas um filme. Não somente coragem, mas também determinação. Aliás, o diretor revelou que a realização de Vingadores – A Era de Ultron, mais recente longa-metragem da Marvel e que estreia hoje na grande maioria das salas de cinema, foi infernal. Motivo pelo qual o cineasta fez questão de declarar que não retorna no próximo filme. Se não fosse a contratação dos irmãos Anthony e Joe Russo (Capitão América 2: O Soldado Invernal), a franquia poderia estar fadada a cair na maldição do terceiro capítulo.

Neste novo capítulo sobre o famoso grupo de heróis, Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Bruce Banner  (Mark Ruffalo) descobrem que a solução para a violência ou qualquer conflito civil é a inteligência artificial. E, por isso, criam o Programa Ultron, projetado para promover paz, mas que interpreta os próprios seres humanos como sendo os causadores de todo o caos mundial. Devido à  perspectiva distorcida, Ultron e os irmãos Wanda e Pietro Maximoff tentam aniquilar cada um dos heróis.

 

Efeitos especiais

Maturidade é o que define a esperada sequência, em que o Disney-vírus (termo usado para designar os filmes que são infantilizados para melhor alcance de publico) está finalmente ausente. Os alívios cômicos foram reduzidos e a profundidade dos personagens é bem melhor explorada.

As cenas de ação são espetaculares. Não à toa, é o filme da Marvel com maior utilização de efeitos especiais na telona. Aliás, talvez este seja o motivo pelo qual Whedon tenha abandonado o posto de diretor. Cada cena é milimetricamente calculada e os detalhes nas sequências de ação são ricos e empolgantes.

Ao contrário da sequência de Capitão América, o novo filme não retrocede e nem avança no quesito qualidade. Os Vingadores – A Era de Ultron é fantástico, mas não é o melhor filme da Marvel. Apesar da complexidade que os protagonistas apresentam ao serem dissecados, o rumo da história parece vago.

Destaque para as adições na continuação, como Elisabeth Olsen e Paul Bettany. Uma pena que o Mercúrio de Aaron Taylor-Johnson não seja tão bom.

Ameaça cibernética e nova fase

Máquinas no poder e inteligência artificial independente. Ambos os temas já estão no imaginário do espectador fã de filmes de ação futuristas, vide Exterminador do Futuro e derivados. Concorrente da Marvel, a DC Comics também tem seu arco robótico. Mas a ameaça cibernética, no caso, surge do espaço. É claro que o conflito homem/máquina e criador/criação são citados, e utilizados como base do novo filme dos Vingadores.

Síndrome de Pinóquio

O uso dessas divergências fica mais explícito quando Ultron faz referências a Pinóquio ao citar marionetes. Aliás, a dublagem de James Spader entrega um vilão sarcástico, irônico e, por muitas vezes, assustador.

Com o lançamento do blockbuster, uma coisa fica bem nítida. Os produtores e roteiristas da Warner Bros, e principalmente Zack Snyder (que vai dirigir Batman vs Superman), devem se esforçar muito. A nova fase da Marvel está mais sólida do que nunca.

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