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Prodígio de 12 anos, pianista faz seu primeiro show neste sábado

Arquivo Geral

04/03/2015 7h00

Raquel Martins Ribeiro

Especial para o Jornal de Brasília

Nem só de Bach, Beethoven e Mozart se faz um bom recital de piano. Prova disso é o pianista prodígio Gabriel Piernes, que com apenas 12 anos tem no repertório clássicos dos Beatles e hits do Coldplay, além de sons mais atuais de artistas como Bruno Mars e Katy Perry. Todas essas canções poderão ser ouvidas neste sábado, na abertura do projeto Taguatinga in Concert, do Taguatinga Shopping (Pistão Sul). “É isso o que eu e meus amigos gostamos de ouvir. E espero que o público do evento também goste”, adianta Gabriel.

O jovem – que descobriu o talento aos oito anos – chama a atenção por sua maneira inusitada de tocar, às vezes de costas para o instrumento e até com os pés. “Não sei dizer como comecei a tocar assim. Fui treinando, tentando, até que deu certo”, conta o pianista.

A mãe se orgulha do filho autodidata. “No começo, ficava preocupada com toda a exposição. A gente sabe que a fama é algo que pode prejudicar quando acontece muito cedo”, afirma Pethy Mattos, que reproduz na capital ações beneficentes que fazia em SP. Enquanto Pethy distribui refeições, o filho faz um pequeno show com seu teclado para moradores de rua. “É a maneira que ensino ao meu filho como é possível ajudar as pessoas de várias maneiras. Uma delas é acalentar o coração”, ressalta a mãe e publicitária.

Corrente do bem

“Queremos repassar ao próximo todo o bem que recebemos das pessoas que nos ajudaram”, diz a mãe do adolescente sobre o fato de o filho ter recebido um piano convencional e outro elétrico de pessoas que se comoveram com o caso do filho. “Ele tocava um teclado infantil, de quando tinha seis anos. E que já não dava para ser usado nas apresentações profissionais”, completa.

A paixão pela música começou a tomar forma de carreira profissional a partir dessas doações. Neste sábado, todos os esforços vão virar realidade, com o primeiro show com cachê de Gabriel.  “Sem o piano que tenho agora, não conseguiria fazer os arranjos que faço. Era muito ruim. Estou muito ansioso, pretendo usar este primeiro cachê para comprar uma bicicleta, já que vou para escola a pé”, planeja o pianista.

Ponto  de Vista

A médica neurologista Márcia Neiva é uma das pessoas que se comoveram com a história do pianista e resolveu ajudar. “Eu tinha um piano elétrico em casa, que estava sem uso, guardado e empoeirado. Ao mesmo tempo em que me emocionei com a história, fiquei chateada comigo mesma por saber que desprezava um instrumento que outro alguém precisava tanto”, conta a médica. Ao conhecer uma amiga em comum com a mãe de Gabriel, elas decidiram fazer uma surpresa. “Ele foi fazer um recital e dissemos que íamos ceder o piano, pois o que tinha no espaço era desafinado. Ao final, disse que o piano estava muito feliz de ter sido tocado por ele, e que por isso, agora, o piano era dele. Nesse momento, recebi o abraço mais apertado e verdadeiro da minha vida”, relembra Márcia, emocionada.

Confira: 

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