Depois de realizar dois concertos itinerantes neste ano, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro faz a primeira apresentação no espaço que será sua casa em 2015: o Auditório Planalto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
A nova sede, que receberá os músicos para apresentações e ensaios, é fruto de parceria entre as Secretarias de Cultura e de Turismo. Marcado para amanhã, a partir das 20h, o concerto – regido pelo maestro titular da orquestra, Cláudio Cohen – terá no programa obras do austríaco Johann Strauss, do compositor húngaro Zoltan Kodály e de Ney Rosauro, ex-músico da orquestra.
Programa
Considerado o rei da valsa, autor de polcas, quadrilhas e outros gêneros dançantes da época (fim do século 14), Johann Strauss II terá duas obras executadas. Éljen a Magyar é uma polca acelerada, feita em homenagem ao povo húngaro.
Executada pela primeira vez em 1869, a obra é frequentemente incluída em concertos de ano-novo realizados em Viena. Outra composição de Strauss é a valsa Kaiser-Walzer, uma espécie de exaltação às boas relações estabelecidas entre Áustria e Alemanha. Arrebatadora, a música se inicia suave e ganha potência ao longo da execução.
Compositor, educador, linguista, pesquisador e filósofo, o húngaro Zoltan Kodály será representado por sua criação Danças de Galanta. O compositor passou sua infância em Galanta, vilarejo húngaro que batiza a obra e hoje pertence à Eslováquia, uma cidade-mercado visitada com frequência por ciganos e fértil em manifestações culturais desse grupo.
Depois de assimilar o folclore dos povos ciganos, mergulhou em obras antigas da Hungria e fez um resgate de danças relacionadas a guerras imperiais, no século 20. Essa miscelânea de influências resultou em uma obra dividida em cinco partes, com destaque para a sonoridade do clarinete.
Ex-integrante da orquestra, Ney Rosauro terá sua obra 3 Episódios para Orquestra executada.