Raquel Martins Ribeiro
Especial para o Jornal de Brasília
Hoje é dia de comemoração no Círculo Operário do Cruzeiro (Cruzeiro Velho). Em uma grande roda de samba, artistas do cerrado se reúnem para celebrar a posse da diretoria da União dos Sambistas do Distrito Federal e Entorno – USDF. A associação, criada em janeiro deste ano, vem para dar novo fôlego aos músicos da capital. “Como o nome já diz, nossa intenção é unir os músicos para que, juntos, possamos conquistar mais espaço na mídia e transformar Brasília em um celeiro do samba”, afirma Luciano Ibiapina, sambista e presidente da USDF.
Segundo Ibiapina, apesar de Brasília ter artistas reconhecidos nacionalmente por sua qualidade musical, a desunião implica em falta de organização no momento de reivindicar direitos para o coletivo. “Falta representatividade na Câmara, por exemplo. E esse é um dos objetivos da União além, claro, de qualificar o artista, e mudar a visão preconceituosa que algumas pessoas têm contra o sambista”, explica o presidente.
Unidos
“Para mim, a maior conquista nós já alcançamos, que é a adesão e apoio de todos. Só sócios-fundadores já somam 50 sambistas”, conta Nenel Vida, músico e um dos diretores da associação. Nomes de artistas reconhecidos no DF como Dhi Ribeiro, Cris Maciel, Carol Nogueira e Vinícius, do grupo Adora Roda, formam o time de conselheiros e provam que a maioria está realmente engajada no projeto.
Trazer mais maturidade e fortalecer o seguimento para enfrentar os obstáculos. Esses são os principais pontos positivos apontados pela cantora Dhi Ribeiro. “A batalha é mais difícil quando estamos sozinhos, unidos somos mais fortes. E o que mais chamou minha atenção é o fato de ser uma associação sem fins lucrativos”, afirma a cantora.
