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Saúde

Teste clínico pode ajudar médicos a prever insuficiência renal grave, segundo estudo

Arquivo Geral

25/05/2016 12h02

Um estudo, divulgado recentemente na revista Science Translational Medicine, identificou uma proteína presente na urina que indica quais pacientes com doença renal crônica (DRC) têm maior chance de desenvolver a insuficiência renal terminal, ou seja, a perda total da função renal. Segundo pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, onde o estudo foi desenvolvido, a revelação abre caminhos para a criação do primeiro teste clínico que poderá ajudar profissionais da saúde a se anteciparem para retardar ou parar progressivamente a enfermidade. 

A médica nefrologista e diretora da Clínica de Doenças Renais de Brasília, Dra. Maria Letícia, explica que a DRC ocasiona uma dependência de terapia de hemodiálise ou transplante renal. “Os rins são órgãos vitais para um ser humano. Eles são responsáveis por limpar o corpo e as impurezas são eliminadas do organismo por meio da urina que os rins produzem. Um mau funcionamento deste órgão causa doença renal crônica, ocasionando uma dependência de terapia dialítica ou nos casos mais graves, transplante renal”, esclarece.

De acordo com os pesquisadores de Michigan, liderados pelo Dr. Ju Wenjun, os testes clínicos são incapazes de prever, nas fases iniciais da doença renal, quais as chances de o paciente desenvolver a insuficiência em estágio final, processo que pode demorar décadas para se manifestar. Em busca de um biomarcador não-invasivo da progressão da doença, Ju Wenjun e colegas analisaram os perfis de expressão gênica de biópsias de rim de 261 pacientes com doença renal crônica. A partir da análise da urina dos participantes, a equipe de cientistas descobriu que a quantidade do fator de crescimento epidérmico (FCE), uma proteína envolvida no reparo do tecido renal, é um indicador do agravamento da doença.

Após perceber a relação nos 261 pacientes, os pesquisadores procuraram o mesmo efeito em 600 voluntários adicionais. “Em resumo, nosso estudo utilizou uma estratégia de screening (rastreamento) imparcial para identificar a quantidade de FCE como preditora de progressão da doença em grupos com diversificada origem étnica e geográfica”, sintetiza Ju Wenjun. “Adicionada a um painel de biomarcadores de doença renal crônica, a quantidade de FCE ajudará os médicos a estratificarem o risco de progressão da enfermidade e, assim, promoverá melhoras na capacidade de segmentar cuidados clínicos e de saúde, especialmente nos locais em que os recursos são limitados”, completa o principal autor.

Saiba mais – Atingindo de 8% a 16% da população mundial, a DRC provoca a perda progressiva da função renal e, potencialmente, a insuficiência renal permanente. A estimativa da Sociedade Brasileira de Nefrologia é que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas tiveram a doença renal crônica até dezembro de 2015. Dessas, 90 mil estiveram em diálise — um processo de estímulo artificial da função dos rins. Ainda de acordo com a SBN, o Distrito Federal possui cerca de 1,5 mil pacientes que realizam tratamento. O crescimento anual de doentes renais crônicos na capital federal é de 10%.

 

SERVIÇO:

Endereço¹: SEP/Sul 710/910 Ed. Vital Brasília Lote A Sala 1 (Térreo e Subsolo), Brasília-DF

Telefone: (61) 2109-0404

Endereço²: SHLS 716 Bloco L Centro Clínico Sul Torre 1 Sala 11, Brasília-DF

Telefone: (61) 3345-8998

Endereço³: SHLS 716 BL. A Conj. C Salas 55/57 Parte Hemodiálise do Hospital Santa Lúcia, Brasília-DF / Telefone: (61) 3445-0258 / 3245-3111

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