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Futebol

Thiago Braz minimiza polêmica com francês e pede mais incentivos

Arquivo Geral

16/08/2016 16h52

REUTERS/Kai Pfaffenbach

Em coletiva de imprensa organizada pelo Time Brasil, o mais novo ídolo do esporte brasileiro, Thiago Braz da Silva, distribuiu simpatia e humildade após o histórico ouro no salto com vara, conquistado na noite desta segunda-feira. O brasileiro, que saltou 6,03m e superou o campeão olímpico Renaud Lavillenie, da França, comentou o fato de auxiliar o Brasil a subir posições no quadro de medalhas.

“Foi uma honra poder ajudar o Time Brasil subir mais posições no ranking geral (antes do ouro de Thiago, o Brasil estava na 32ª colocação, subindo para 16ª), é uma satisfação total. Gostaria de agradecer a todos que confiaram no meu trabalho, afinal, a torcida deu certo”, afirmou o novo campeão olímpico.

O paulista de Marília disse que ainda não consegue compreender a quantidade de sensações que vivenciou entre a noite de segunda e a tarde desta terça-feira. O atleta declarou que ficou surpreso com os acontecimentos durante a prova, e que sabia que estava pronto para saltar pelo menos os seis metros.

“Já havíamos tentado três vezes ultrapassar esta marca, sabia que podia fazer um bom salto e ontem tudo deu certo. Com 5,93m eu comecei a acordar para a prova e perceber que eu poderia brigar por uma outra cor de medalha, já que queria no mínimo o bronze. Em um momento, percebi que tinha a prata, então decidi que poderia arriscar e tentar o ouro”, disse Thiago.

Perguntado sobre o Bolsa-Pódio, programa governamental que auxilia os atletas de alto nível, o saltador confirmou que a ajuda foi de extrema importância para a campanha vitoriosa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Thiago ainda mancou um recado, afirmando que o apoio será necessário durante o próximo ciclo olímpico.

“O programa chegou em um momento especial para todos os atletas. Isso ajudou na minha preparação e de todos que estavam incluídos dentro desse grupo, como massagistas, técnicos. O resultado podemos ver na vitória, e seria excelente se isso pudesse continuar daqui para frente, pra continuarmos nesse caminho. Precisaremos desse apoio para Tóquio 2020?, cravou.

Sobre a suposta rivalidade firmada entre Braz e Lavillenie, que foi vaiado pelo Estádio Olímpico quando se preparava para tentar saltar os 6,08m, o brasileiro foi enfático. Afirmou que não existe nada do gênero entre os dois, e que apesar da força do francês na modalidade, aquela era a vez de um triunfo verde e amarelo.

“Em toda prova que entrei, competindo com ele ou não, sempre entrei de cabeça fria. Nunca pensei em quem está lá ou não. Lavillenie é um atleta que já conheço há algum tempo, e querendo ou não, é o recordista mundial. Porém, nas Olimpíadas, não foi a vez dele, foi a minha. E assim como ele, vou lutar por recordes, medalhas. Meu sonho também é ser um recordista mundial. Não sei se vou conseguir, mas quero muito”, frisou.

Ainda comentando as polêmicas levantadas pelos franceses, desta vez a respeito da declaração do treinador de Lavillenie, Philippe d’Encausse, que afirmou que o ouro de Thiago só foi possível graças à ajuda de ‘forças místicas’ e do candomblé, o campeão seguiu confirmando sua religiosidade. Cristão, o brasileiro destacou a presença de Deus e de sua fé na suada vitória no Engenhão.

“Nas realidade, não somente outras pessoas, mas diretamente ele (Lavillenie), não sabem quem eu sou, com quem eu ando. E uma das coisas que ele não conseguiu reconhecer em todos os meus saltos, é que em tudo que eu consegui, eu tive um pai, que se chama Deus. Em todos os ambiente que estava, um cuidado de Deus comigo era exalado, e nas Olímpiadas não foi diferente. Como falei anteriormente, fui honrado”, disse um emocionado Thiago.

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