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Semifinal de CS:GO e encontro com pro players movimentam Gamecon neste sábado (10)

Arquivo Geral

10/11/2018 13h02

Eric Zambon
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Desde a última quinta-feira (8), o Centro de Convenções Ulysses Guimarães recebe a Gamecon, uma convenção sobre jogos eletrônicos e todo o universo que os cerca. Assim, o evento promove palestras sobre empreendedorismo em meio a jogatinas. Neste sábado (10), há partidas competitivas de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), a partir das 15h, e apresentações do youtuber Rato Borrachudo e dos jogadores profissionais Gabriel “Revolta” Henud e Micael “micaO” Rodrigues até as 20h.

Domingo (11), último dia de atividades, partidas de Overwatch e um meet & greet com os cyberatletas envolvidos completam a programação. Os organizadores estimam que, de sexta-feira (9) até o fim do evento, cinco mil pessoal terão passado pelo Centro de Convenções.

Estigma antigo

No primeiro dia, o diretor da organização CNB, Cleber Fonseca, participou de um painel para discutir o velho dilema: afinal, os chamados e-Sports são, de fato, esportes? “Existem várias características que igualam o eletrônico a uma modalidade tradicional. Um bom ponto de partida é que existe esforço físico centralizado nas mãos e na visão”, defende.

Sua organização mantém equipes de League of Legends (LoL), um Multiplayer Online Battle Arena (arena de batalha para vários jogadores online, em tradução livre) e de Fifa, um dos games de futebol mais populares do mundo. Ele explica que os jogadores profissionais, chamados de pro players, têm rotina que envolve academia e visitas a psicólogos. “Há esforço físico pequeno, mas desgaste físico e mental que exige muito e temos de nos preocupar pela saúde deles”, detalha.

Na mira da carreira

Especializado em CS:GO, um dos jogos de tiro em primeira pessoa mais populares do mundo, Lucas “Yuji” Shimooka, de 23 anos, deixou, há cerca de um ano, o trabalho em um banco para tentar a vida como pro player. Há cerca de um ano, ele se dedica exclusivamente à nova carreira e hoje participa de torneios pela W7M Gaming.

Divulgação

“Quando eu trabalhava e estudava, não tinha tanto tempo para treinar e me dedicar tanto quanto o restante do time. Sentia que estava atrapalhando”, relembra “Yuji”, que neste sábado disputa uma partida contra os argentinos da Isurus Gaming durante a Gamecon, a partir das 15h. “No começo é difícil para a família entender o que a gente faz e se convencer que é uma profissão. Mas eles vêem a nossa dedicação e que, às vezes, nossa rotina é pior do que um trabalho normal”, desabafa.

Segundo o jogador, como as sessões de treino adentram a madrugada, existe pouco tempo para comparecer a encontros familiares, por exemplo. Muitas competições acontecem aos fins de semana e até feriados, portanto ele perde também as saídas com os amigos e muitos compromissos marcados pelos parentes. É o preço a se pagar para trabalhar com o que ama, e ele sabe disso.

A programação completa da Gamecon você confere no site oficial da convenção. Os ingressos custam a partir de R$ 45, meia-entrada, e podem ser adquiridos na recepção do próprio evento.

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