Gabriel Lima
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Os dois times recém-promovidos à elite do futebol candango apresentam a curiosa coincidência de ligarem o futebol da África ao do DF. Nesta segunda (8), a primeira reportagem da série #Candangão60anos revelou que o técnico do Samambaia classificou a seleção de Togo para a Copa de 2006. Nesta terça (9), mostramos que o Bolamense Futebol Clube está ligado intimamente a outros países daquele continente.
O presidente Antônio Teixeira, da Onça Pintada, como é apelidado por seus torcedores, nasceu em Guiné-Bissau e comanda um projeto inclusivo no clube. Ele promove uma espécie de intercâmbio com países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como Angola e Moçambique. Assim, jogadores desses países vem à Brasília para treinar e aprimorar a parte tática e técnica.
A novidade para 2018 é que a equipe expandiu essa troca de experiências para os países africanos de Costa do Marfim e de Togo, ambos com francês como idioma principal. “Temos jogadores dos dois países no nosso time e que são esperanças para as seleções deles. Então, tentamos engrandecer a cidade de Brasília nesse aspecto”, explica Teixeira.
Mais inclusão
Em paralelo à disputa do Candangão, o clube está prestes a firmar outra parceria, com um país cujo nome ainda é mantido em sigilo para não atrapalhar as negociações. “Estamos próximos de fechar convênio, mas eu ainda não posso dizer qual”, reforça Antônio Teixeira. “Eles terão o Bolamense como referência e trarão jogadores para treinar aqui”, promete.
O grupo do Bolamense a disputa da elite do Candangão é bem diferente daquele que derrotou o Samambaia na final da Segunda Divisão do ano passado. A diretoria manteve o técnico Marquinhos Carioca, mas buscou novos jogadores, principalmente no futebol do Rio de Janeiro. “Nós localizamos alguns atletas em divisões inferiores, analisamos as características e montamos o time, do goleiro ao centroavante”, revela o presidente da Onça Pintada.
Mesmo com uma equipe que nunca jogou o Candangão, Antônio Teixeira garante que não vai faltar experiência ao Bolamense. “Escolhemos jogadores que tiveram experiências em competições maiores, como a série C, a Série D e a Copa do Brasil”, crava o cartola. “Eles vieram de competições mais exigentes”, explica.