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Michel Platini: da aposentadoria à artilharia

Arquivo Geral

12/04/2018 20h54

Reprodução/Facebook

Gabriel Lima
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As dores no joelho já tinham decretado a aposentadoria de Michel Platini do futebol. Mas a amizade de 14 anos do brasiliense com Victor Santana – formaram a dupla de ataque do Gama no vice-campeonato da Série C do Brasileirão de 2004 – e com Reinaldo Gueldini – treinador do alviverde na época – fizeram com que o até então ex-jogador mudasse de ideia e aceitasse o convite da dupla – hoje técnico e coordenador de futebol do Sobradinho, respectivamente – para voltar a jogar e ser um dos protagonistas na histórica campanha do Leão, novamente campeão do Candangão depois de 31 temporadas.

“Eu estava satisfeito com tudo o que já tinha feito na carreira, mas estava um pouco desiludido com o futebol. Tinha decidido parar de jogar, mas eles (Victor Santana e Reinaldo Gueldini) vieram aqui em casa e me convenceram a voltar”, conta Michel Platini.

E a aposta deu certo. O centroavante de 34 anos, mesmo com as limitações físicas, marcou 11 gols em 15 jogos (média de 0,73 por partida) e foi o artilheiro do Candangão. “Eu não tenho a cartilagem no joelho direito, então tive que tomar muito remédio para poder voltar a jogar”, lembra Platini, reforçando que, no fim, todo o sacrifício valeu a pena. “Na minha cabeça eu só pensava que a gente entrou para a história do Sobradinho e vamos ser lembrados por muitos anos. É isso o que fica do futebol. Tudo vai embora, mas ficamos marcados na memória das pessoas”, diz, orgulhoso.

O sucesso com a camisa do Leão da Serra recolocou o nome de Michel Platini em evidência no cenário do futebol e trouxe, consequentemente, novas propostas. O atacante ainda não foi procurado pela diretoria do alvinegro, que terá um calendário cheio em 2019, com Candangão, Copa do Brasil, Copa Verde e série D do Campeonato Brasileiro, mas já teve propostas de outros clubes para jogar a quarta divisão nacional. “Eu recebi propostas, mas estou pensando se continuo aqui. Ainda não tenho certeza do que eu vou fazer”, admite.

A prioridade para Michel Platini, no momento, é a vida fora do futebol. “Está tudo muito recente. Ainda estou comemorando o título e a artilharia. Essa semana eu estou pensando mais em mim, em organizar minha vida. Vou dar uma atenção para minha família também. Agora eu estou em casa tranquilo e refletindo sobre o que aconteceu de bom nesse ano”.

Auge veio na Liga dos Campeões

Michel Platini é figurinha carimbada no futebol de Brasília. Além do Sobradinho, o atacante passou por Brazlândia, Gama, Brasília e Ceilândia. Rodou também por alguns clubes pequenos do Brasil, como Anápolis e Veranópolis-RS, e do exterior, como Pachuca, do México e South China, no país asiático.

Mas foi na Bulgária, inspirado por ser xará do ex-craque francês e ex-presidente da
UEFA, que o jogador candango fez história e alcançou o auge, disputando a tradicional Liga dos Campeões da Europa, em 2009, pelo CSKA Sófia.

E é esse tempo no velho continente que Michel Platini considera como o mais importante de sua carreira. “A satisfação é enorme. Não temos noção da dimensão que é jogar um torneio como a Champions League. Quando você entra em campo é como se fosse um trabalho normal, mas a organização que envolve a Liga dos Campeões é diferente de tudo o que temos aqui no Brasil”, conta. “Fica até difícil explicar a sensação”.

Carinho
Só na Bulgária, em Sófia, Michel Platini jogou por cinco anos e conquistou três títulos: uma liga (2014), uma taça (2011) e uma super taça (2011) do país. “Foi ótimo, eles vão estar sempre guardados no meu coração. O time é muito bom de se jogar e a torcida é enorme. Eu tenho muito o que agradecer ao CSKA Sófia”, elogia. No país europeu, além do CSKA Sófia, o brasiliense passou pelo Ludogorets, Chernomoretz e o Slavia. Na Romênia, ainda atuou pelo Dinamo Bucaresti.

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