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Érika Miranda terá segunda chance de brilhar

Arquivo Geral

31/03/2015 10h11

Breno Barros

Especial para o Jornal de Brasília

O judô será um dos esportes mais esperados pelo público brasileiro durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. A modalidade que mais conquistou medalhas para o país em Jogos Olímpicos, com 19, é onde estão depositadas as esperanças de pódio do país. Na última edição olímpica, em Londres 2012, o judô subiu ao pódio quatro vezes: um ouro e três bronzes. Para 2016, a esperança é conquistar entre cinco e sete medalhas, com o destaque para a equipe feminina. 

Maria Suelen, Mayra Aguiar, Rafaela Silva, Érika Miranda e o Rafael Silva estão mostrando nas competições internacionais que estão mais do que preparados e são os favoritos para defender o país nos Jogos de 2016. No segundo grupo de atletas com possível chance de beliscar um pódio estão Sarah Menezes, Charles Chibana, Tiago Camilo, Felipe Kitadai, Luciano Correa e Maria Portela. 

O histórico de participação brasileira mostra que subir no tatame em casa faz a diferença. Com torcida vibrando a favor, a delegação nacional conquistou em 2007, durante o Campeonato Mundial disputado no Rio de Janeiro, o maior número de medalhas de ouro na história da competição. Em 2013, quando o mundial voltou para a cidade maravilhosa, os brasileiros conquistaram o maior número de medalhas individuais da história. 

Com 27 anos, a brasiliense Érika Miranda, que treina e defende a bandeira do Minas Tênis Clube, chegará em 2016 com mais experiência. Cortada da delegação nacional nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, por causa de uma lesão, a estreia em tatame olímpico foi feita quatro anos depois, em Londres 2012. Porém não foi como ela esperava – foi eliminada na primeira luta. Em 2016, a atleta confia que será diferente, conforme afirma abaixo. 

A expectativa é a melhor possível para o judô brasileiro. Mas tudo depende de sucesso na preparação. Na sua opinião, o ano de 2015 será um ano especial?

A minha preparação está a mil. O formato dos Jogos Pan-Americanos é um detalhe dos Jogos Olímpicos. Não tem aquela energia que veremos no Brasil, com a torcida. Esse ano nós temos que contar com os resultados, mas é um ano muito mais de preparação para o objetivo maior que é lutar no Rio 2016. Em meio a essa preparação vamos buscar a medalha de ouro no Mundial e nos Jogos Pan-Americanos, que serão competições importantes para conquistar a confiança. 

O objetivo final, claro, é uma medalha olímpica no ano que vem, mas como está a sua preparação para o Mundial em Cazaquistão 2015?

Não faço uma programação em longo prazo. Eu tenho um objetivo primeiro que é representar o país nos Jogos Pan-Americanos. A minha missão é conquistar o maior número de pontos para o ranking mundial. Assim, com muitos pontos você consegue as melhores chaves no Campeonato Mundial e também nos Jogos Olímpicos. É tudo uma consequência. Se o primeiro objetivo for alcançado eu acredito que terei uma confiança a mais para as missões seguintes. Ainda não dá para falar sobre o Mundial. Temos que ir por etapas. 

Você consegue enxergar diferença em competir em Mundiais e Jogos Olímpicos?

A diferença é no formato da competição. Nos Jogos Olímpicos você está na Vila e está com o Bolt do seu lado almoçando e do outro lado da mesa um atleta da Etiópia sem muitas condições. Mas, todo mundo tem o mesmo objetivo e respeitando um a outro. 

Todos os atletas brasileiros confiam que o apoio da torcida será um diferencial para conquistar medalhas nos Jogos do Rio. Você, que já competiu ao lado da torcida carioca, também prevê “facilidades”? O que dá para esperar dos Jogos de 2016?

Tenho bons resultados no Rio de Janeiro, não somente em mundiais, mas em Grand Slams. Gosto de lutar em casa, com a torcida e energia. Além da medalha que todo atleta busca, acho que vai ser muito bom o legado que vai ficar depois. Nos Jogos Olímpicos é importante a preparação e o momento de entrega que o atleta faz na trajetória esportiva.  

 

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