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Hortência Marcari vê melhora no basquete

Arquivo Geral

09/11/2014 10h55

Depois de um ano como diretora da Liga de Basquete Feminino (LBF), Hotência Marcari – ex-ala e uma das maiores jogadoras de basquete da história – passou o bastão e decidiu mudar de função: há exato um mês ela largou o cargo de dirigente para ser comentarista de televisão.

Antes de assumir o cargo, em 2013,  ela sabia dos desafios que teria, baseando-se na dificuldade que o basquete feminino tem de crescer no País. Depois deste período, conseguiu inserir mais três equipes no cenário nacional – totalizando 10 times no campeonato para esta temporada -, e acrescentou outros eventos e trabalhos sociais envolvendo o nome da Liga. O Desafio das Estrelas e o Molecada no Basquete são alguns deles.

Diante disto, ela não esconde a satisfação de ter feito parte da diretoria e comemora a permanência do Vizinhança/Brasília entre os clubes do certame. Sem conseguir largar a sua paixão pelo esporte, ela afirma ao JBr. que vai continuar nos bastidores apenas como colaboradora e sonha voltar ao seu cargo na LBF quando o contrato na TV vencer, em 2016.

Neste um ano no cargo diretora, o que você toma como maior desafio vencido pela LBF na temporada 2013/2014?

A gente venceu muitos desafios ao longo desta temporada, mas o que eu tomo como o maior foi conseguirmos transformar o campeonato em um produto a ser vendido. Montamos um produto e não apenas uma competição.

O que você viu de melhor nesse período?

Vi equipes se unindo. Vi atletas de nome fazendo questão de participar de projetos sociais e difundindo o nosso campeonato. Conseguimos fazer com que todos entendessem a proposta do torneio.

E o que foi mais difícil de enfrentar?

Justamente propor essa união entre os times e conseguir formar as equipes para a temporada passada.

Esse “desafio da união” citado por você passa pela participação do Vizinhança/Brasília no torneio? Por se tratar de uma equipe mais frágil – não ganhou um jogo –, houve resistência por parte dos times adversários?

Muita gente sempre critica que o campeonato feminino não cresce. Aí chega um time que quer apenas participar do torneio, para virar um grupo competitivo nos próximos anos. Se a gente não aceitasse, seria um tiro no nosso próprio pé. E qual diretor não ficaria feliz com esse interesse todo? A gente sabia das dificuldades que o time enfrentaria, mas o objetivo dele não era ser o favorito ao título. Foi isso o que algumas pessoas não entenderam. A participação delas acrescentou demais no nosso aprendizado como diretoria de uma Liga.

E, agora, como vê o time de Brasília?

Vejo que eles chegaram com contratações de peso e que cumpriram a promessa de voltar com um time bem melhor. Fico feliz que eles tenham lutado para permanecer, pois é a única equipe do campeonato que representa o Centro-Oeste, além de ser da capital do nosso País. Agora sim elas são um elenco competitivo o suficiente e torço para que consigam mais patrocínios e melhorem o elenco a cada ano.

Para a temporada 2014/2015, que começa no próximo dia 29, houve o acréscimo de três equipes ao número de clubes participantes – Presidente Venceslau (SP), Barretos (SP) e Jaraguá do Sul (SC) – e a saída do Rio Claro (SP). Mesmo não estando mais na direção da entidade, como analisa toda esta situação?

Analiso que crescemos bastante. Fico extremamente feliz com a chegada dos novos times e triste, óbvio, pela saída do Rio Claro. O campeonato ainda não é aquilo que desejamos, mas do ano passado para cá tudo ficou melhor, mesmo com esse período de eleições e a futura troca de representantes de governo que não nos favoreceu tanto assim.

Ainda sobre esse crescimento, desta vez, o campeonato conta com a participação de 16 estrangeiras distribuídas nas equipes participantes. Isso já é fruto do desenvolvimento do campeonato?

Com certeza. Ainda temos muito o que crescer até virar um NBB (torneio nacional masculino), por exemplo, mas a presença das estrangeiras é um sinal mais do que merecido de que estamos conseguindo isso. Devagarzinho, mas estamos.

Como fica a Liga sem a sua participação?

Eu gosto de trabalhar com o basquete porque foi ele quem me transformou no que sou hoje. Mesmo não estando mais ligada à LBF, continuo como consultora e ajudando a liderança da maneira que eu puder. Recebi a proposta de assumir a presidência neste ano, mas decidi virar comentarista. O meu contrato com a emissora vai até 2016 e depois disso penso, sim, em voltar a trabalhar na Liga. Deixei as quadras, mas jamais largarei o basquete.

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