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Gamecon do DF revelou potencial de competições dos jogos de tiro

Arquivo Geral

12/11/2018 10h00

Reprodução

Eric Zambon
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A Gamecon em Brasília, encerrada no domingo (11), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, mostrou que o League of Legends (LoL) tem a melhor estrutura de cenário competitivo no País. A convenção sobre jogos eletrônicos, porém, também revelou a existência de uma demanda reprimida por competitivos de First Person Shooters (FPS, jogos de tiro em primeira pessoa, em tradução livre), tanto do público quanto das organizações.

Durante o evento, que recebeu 4,5 mil pessoas desde quinta (8), houve bastante comoção nas partidas de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e de Overwatch. Ambos os games de tiro possuem raras apresentações presenciais e têm a maioria de seus torneios em solo brasileiro disputados online, portanto é difícil o fãs terem oportunidade de estar próximos dos profissionais como aconteceu no DF. Nas plataformas de streaming, a audiência simultânea de campeonatos internacionais não raro ultrapassa 1 milhão de espectadores.

Mesmo com a popularidade dos títulos supracitados, quem vem tentando preencher a lacuna não ocupada pelos dois titãs é a menina-dos-olhos da desenvolvedora Ubisoft, o Rainbow Six (R6). Com estrutura montada e jogadores com fama nas redes sociais, em especial Léo “Zigueira” Duarte, o game de tiro possui um campeonato brasileiro com cobertura do canal SporTv.

“A Ubisoft está fazendo uma estrutura parecida com a Riot (produtora de LoL). Em alguns pontos até melhor, como calendário para o ano inteiro”, elogia o diretor da organização Vivo Keyd, Eduardo Kim. Atualmente, ele mantém equipes de LoL, Clash Royale e Hearthstone e espera voltar a empreender em R6 num futuro próximo.

A CNB também tem seu time de LoL como carro-chefe, mas o diretor Cléber Fonseca tem observado atentamente o desenvolvimento do cenário de FPS. “Como não existe no mundo dos jogos um órgão como a Fifa é para o futebol, quem cumpre esse papel são as desenvolvedoras e, nesse sentido, a Ubisoft vem trabalhando muito bem. Existe série A e série B, uma tabela e coisas assim”, reconhece.

Idolatria ajuda

O sucesso de brasileiros mundo afora atesta o potencial dos FPS no País. O site especializado Versus fez um levantamento no primeiro semestre de 2018 e revelou que o paulista Gabriel “Fallen” Toledo é um dos cinco gamers profissionais, chamados de pro players, mais bem pagos do mundo. Especialista em CS:GO, suas sucessivas vitórias com o antigo time, a SK Gaming, lhe renderam, no ano passado, mais de 748 mil dólares em premiações.

Divulgação

A popularidade e as conquistas o fizeram empreender no segmento . Na porta da Gamecon em Brasília, a loja de uniformes de times de e-Sports e acessórios para computador que leva seu nome estava logo na entrada da convenção, com grande procura. “Essa galera serve de exemplo e inspiração. O menininho de hoje quer ser o Fallen e isso atrai muita gente”, comenta o pro player de CS:GO Lucas “Yuji” Shimooka, da W7M Gaming.

Outro nome brasileiro de sucesso é Nicolle “Cherrygumms” Merhy, que, aos 21 anos, é dona da Black Dragons, uma das equipes de e-Sports mais antigas do Brasil, atualmente especializada em Rainbow Six. Ela também esteve na Gamecon e compartilhou sua experiência com os presentes. Faz muito tempo que jogos deixaram de ser brincadeira de criança, e todo mundo tem de se atentar a isso.

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