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Futebol

Valdivia revela rejeição e nega ter feito ‘corpo mole’ no Palmeiras

Arquivo Geral

03/08/2015 12h45

Com contrato em vigência no Palmeiras até 17 de agosto, Valdivia ainda não confirmou nenhuma despedida oficial na Academia antes de viajar aos Emirados Árabes. No entanto, nesta segunda, o Estado de São Paulo publicou as primeiras declarações do chileno após o rompimento com o Alviverde numa entrevista na qual o jogador fez um balanço dos cinco anos de serviços prestados e comentou sobre os entraves para a renovação.

Convivendo com problemas físicos desde o último ano, o meio-campista falou sobre a lógica da produtividade adotada pelo clube, na qual negou ser enquadrado. Admitindo ganhar cerca de R$ 350 mil mensais, o chileno rechaçou a oferta da diretoria – feita por e-mail – de R$ 120 mil fixos e acréscimo de R$ 60 mil a cada jogo que entrasse como titular.

“Vamos ser sinceros. Para fora, a diretoria falou que me queria e para dentro, quem cobre o Palmeiras sabe que eles não me queriam. E por falar em sinceridade, o Paulo Nobre sempre falava que eu tinha que me encaixar no contrato de produtividade, porque todo mundo que chegou se encaixou. Isso não é verdade. Vocês sabem que tem jogadores que não têm contrato de produtividade, não sei porque ficar mentindo”, declarou o ex-camisa 10.

Após reuniões canceladas entre o clube e o empresário e pai do jogador, Luis Valdivia, e criticas indiretas por meio da imprensa, a relação acabou estremecida. Citando o “papinho furado” da cúpula Alviverde, Valdivia reclamou por certa falta de atenção. “Porque não me chamaram para conversar? Podiam ter feito como fizeram com Barrios, que o Mattos foi até o Chile para contrata-lo. Eu estava uns 40km de distância dele. Era fácil ir me encontrar e eu poderia até mandar o dinheiro para ele ir lá falar comigo”, comentou.

Admitindo ter cometido erros no passado fora dos campos, que por vezes prejudicaram sua imagem como atleta, Valdivia prefere reforçar os diversos casos em que se esforçou para jogar, tomando até infiltração para suportar as dores. Criticado por grande parte da imprensa e da torcida, o chileno relembrou a agressão que sofreu dos torcedores, e o sequestro em 2012, como momentos difíceis no clube.

“Poderia ter feito corpo mole várias vezes. Cometi alguns erros, mas o que aconteceu comigo é que as coisas vazavam na mídia. Falam que eu devo ao Palmeiras. Só esquecem que eu fiquei na Série B mesmo podendo sair, fui agredido pela torcida, sequestrado. Tiveram até coragem de desconfiar do meu sequestro. Eu tomei infiltração, arrisquei minha carreira e uma Copa do Mundo porque o Palmeiras estava na Série B”, valorizou o chileno.

Sem medo de perder vaga na seleção chilena, atual campeã da Copa América, mesmo com a ida aos Emirados Árabes, Valdivia diz confiar muito em José Amador, fisioterapeuta cubano que, inclusive, realizou trabalhos individuais com Valdivia em São Paulo, nos tempos de Palmeiras. Ao falar sobre burocracias de fim de contrato, revelou que o Palmeiras deve pouco mais de R$ 1 milhão a seu pai.

Alvo de diversas opiniões, Valdivia atraiu as atenções e concentrou a responsabilidade no elenco do Palmeiras ao longo de cinco anos. E se diz feliz pelo que cultivou no Brasil. “Foram cinco anos maravilhosos. Aprendi a gostar do Palmeiras e a minha família aprendeu a amar o clube, tanto que meus filhos são palmeirenses. Palmeiras é minha casa e infelizmente tudo isso chegou ao fim”, declarou.

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