Uma das novas diretrizes a serem aplicadas pela Comissão de Arbitragem da CBF é punir com rigor as reclamações. Segundo a entidade, a determinação tem como objetivo reforçar a autoridade do árbitro dentro da partida e já é válida para o Campeonato Brasileiro. A intolerância em lances do tipo incomoda o goleiro Fernando Prass, que pede o Palmeiras atento para não sofrer advertências.
“Ficou bem claro que o árbitro vai dar cartão se o jogador for reclamar, se fizer aquele ‘bolinho’ em volta, se abrir os braços”, lista o palmeirense, em certo tom de queixa. “Invariavelmente acontece situações durante a partida e, em um ato de impulso, você vai querer conversar com o juiz. E hoje esta não é uma atitude recomendada”, completa, pouco após confirmar que o elenco chegou a debater o assunto.
O Palmeiras bem sabe que o diálogo tem pedido espaço em campo. Na estreia contra o Atlético-MG, Gabriel e Robinho foram punidos por explanar sua insatisfação com as decisões do árbitro Felipe Gomes da Silva. Com a lição aprendida, no último domingo o Alviverde foi melhor disciplinado – só Leandro Pereira levou amarelo, mas por cometer falta.
Fernando Prass não nega que o comportamento dos atletas por vezes foge à civilidade no gramado. Por isso pede que os companheiros de profissão sejam mais esportistas do que competidores quando a bola rola. “Não só o brasileiro, mas também o jogador latino tem muito disso: fazer encenação e tentar tirar proveito de algumas coisas. Então temos que começar a mudar algumas coisas. É também uma questão de educação”, pontua.
Foram apenas duas as rodadas disputadas no atual Brasileirão, mas o maior rigor da arbitragem já se mostra presente. Nada menos do que 104 cartões amarelos foram mostrados em 20 jogos, sendo que 17 atletas foram advertidos por reclamação. De acordo com o presidente da Comissão de Arbitragem, Sério Corrêa, as novas instruções da CBF pretendem “dar confiança ao árbitro de futebol”.
