A revanche do Brasília chegou com 18 anos de atraso. Em 1997, Gama e o Colorado realizaram a decisão do Candangão e quem ficou com o título foi o Alviverde, a exemplo de dois anos antes, quando as duas equipes se encontraram na final e o caneco também ficou com a equipe da região sul da capital federal. Hoje, às 16h30, no Mané Garrincha, o Colorado terá a chance de ir às forras na primeira partida da decisão do certame local.
Independentemente de quem levantar o título neste ano, o campeão será diferente dos últimos quatro anos. Afinal, desde 2009, quando chegou ao fim a série de seis títulos consecutivos do Brasiliense, uma equipe não consegue um bicampeonato em Brasília. Desde então, Ceilândia, o próprio Jacaré e o Luziânia chegaram ao título local. Curiosamente, o Colorado chegou às últimas duas decisões, mas foi vice em ambas.
Além disso, as duas equipes lutam contra um jejum de títulos que começa a incomodar a torcida. O Gama não vence o Candangão há 12 anos. Para o Brasília, o período sem troféus locais é ainda maior: a última conquista veio no distante ano de 1987.
Os dias que antecederam a partida de hoje foram de muito mistério. O Gama, por exemplo, fechou as atividades matutinas no Ninho do Periquito e só abriu os portões à imprensa nos treinos da tarde. O mesmo ocorreu no reconhecimento de gramado do Mané Garrincha, na quinta-feira, quando os jornalistas só tiveram acesso ao treinamento nos últimos 30 minutos. O Brasília só fez mistério no único treino no Mané Garrincha, onde apenas o início teve presença de jornalistas.
“Vamos fazer um trabalho bem tático, já que não tivemos tempo de treinar. Se vocês ficarem, vão ver como eu vou montar o time e vai ser entregar demais a rapadura”, argumentou o técnico Luis Carlos Souza, do Colorado.
Confiança gamense
Precisando vencer para jogar por um empate no segundo jogo, o Gama sabe que o embate de hoje será de suma importância.
“O apoio do nosso torcedor vai ser fundamental. Acreditamos na força do nosso grupo, mas também respeitamos o Brasília”, frisa o atacante Rodrigo Grahl.
Problemas para escalar só do lado verde
Além de pensar em segurar os adversários no gramado do Mané Garrincha, os técnicos Gilson Granzotto e Luis Carlos Souza, de Gama e Brasília, respectivamente, podem ter outros motivos para se preocuparem. O primeiro, por exemplo, não terá à disposição o goleiro Pereira, que assumiu a titularidade na segunda rodada, após a derrota para o Paracatu, por conta do terceiro cartão amarelo. Quem fica com a vaga é André Ferlini.
Além da questão envolvendo o goleiro, quem pode voltar à equipe é o volante Thiago Gaúcho. Ele se recupera de lesão na coxa direita, sofrida ainda nas quartas de final, diante do Formosa, mas deve surgir como opção para o técnico Gilson Granzotto.
O jogador, muito identificado com a torcida do Gama, perdeu as semifinais com o Brasiliense por conta da lesão.
Sem lesões no Brasília
Enquanto o Gama ainda tem algumas indagações em relação ao time que sai jogando, o Colorado parece estar mais tranquilo quanto à escalação titular.
O time que sairá jogando, a não ser que o técnico Luis Carlos Souza promova mudanças de última hora, será o mesmo que empatou com o Luziânia e conquistou a vaga, pela terceira vez consecutiva, na final do Candangão.
O time, que penou com a baixa de Michel Platini, que sofreu um afundamento na face, mas já está recuperado. O atacante, inclusive, entrou em campo na classificação para a final.
A contusão de Platini, aliás, foi a primeira de maior gravidade do Brasília no Candangão desde a lesão de Indinho, logo no primeiro jogo do time na competição, a vitória por 3 x 0 sobre o Ceilandense.
Na ocasião, o lateral-direito sofreu uma ruptura em um dos ligamentos do joelho logo no início da partida. Com a necessidade de passar por cirurgia, o jogador ficou fora de combate no Candangão.
Reforço no transporte para jogo
Os torcedores que forem ao Mané Garrincha na tarde de hoje para prestigiar a primeira das duas partidas para a decisão do Candangão receberam uma boa notícia referente ao transporte de ida e volta para o Mané Garrincha. A medida também vale para o duelo de volta, no próximo sábado.
Isso porque o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) reforçará a quantidade de viagens das linhas de ônibus que saem de todas as regiões administrativas para a Rodoviária do Plano Piloto, hoje, e no próximo sábado, 2 de maio.
O objetivo é facilitar a locomoção dos torcedores que irão acompanhar as duas partidas da final do campeonato candango de futebol 2015. Os jogos entre Gama x Brasília acontecerão às 16h30 no Mané Garrincha, a exemplo dos dois últimos anos quando Brasiliense e Luziânia sagraram-se campeões, em 2013 e 2014, respectivamente.
Até o estádio
Na chegada à Rodoviária do Plano Piloto, haverá linhas de ônibus que levarão os torcedores ao estádio, com tarifa de R$ 1,50. O reforço será das 14h às 19h30.
