É ordem judicial. Todos os portões estão fechados. Por aqui, só entra imprensa credenciada e identificada.” Com esta frase, um funcionário do Ceilândia tentava explicar a torcedores que a entrada estava barrada, pois o Abadião, palco da partida entre Ceilândia e Luziânia, não continha laudos que liberassem os torcedores – isso tudo nas quartas de final do Candangão.
Mais uma vez, os presentes se reduziram a membros da comissão técnica e jogadores não-relacionados para o jogo, ao menos dentro do estádio. A partida, que terminou com empate em 1 x 1, colocou o Luziânia, atual campeão candango, nas semifinais da competição.
Mesmo assim, houve quem desse um jeito. Valdeir Brito, torcedor do Ceilândia, escalou o muro do estádio. Ele sequer sabia que o embate era disputado com torcida “barrada”: “Campeonato fraco danado, hein”, disparou.
Mesmo assim, pouco depois do intervalo, o torcedor que garantiu ter uma visão privilegiada do campo, “menos da torcida, que não pode entrar mesmo”, foi procurar outra ocupação e não acompanhou o restante da pugna.
O jogo
Dentro de campo, Ceilândia e Luziânia fizeram uma partida movimentada no gramado do Abadião. Os donos da casa só tiraram o primeiro zero do placar na reta final do primeiro tempo, após bonito gol de falta de Felipe Cirne.
O empate, veio pouco depois, em gol de pênalti de Dan, que comemorou com um belo salto mortal. Com o empate, a partida ganhou em emoção, mas as duas equipes não conseguiram mais mexer no placar.
Classificado, o técnico Ricardo Antônio comemorou o resultado, apesar de reconhecer a atuação abaixo do esperado de seus comandados.
“Já tiveram vezes em que a gente jogou bem e foi eliminado. Hoje, jogamos mal e estamos nas semifinais. Agora é curtir o descanso merecido, já que estamos trabalhando há 18 dias sem descanso”, ressalta Ricardo.
