O sobrenome Silva é o mais comum no Brasil. Desta forma, nada mais normal que muitos jogadores espalhados pelo país fizessem parte da “família”. Um braço do clã, no entanto, tem quatro representantes de sucesso no futebol.
Um deles desembarcou na capital federal para integrar o plantel do Brasiliense: Alex Silva. O atleta é irmão dos também zagueiros Luisão (Benfica), Alan (Internacional) e Andrei Silva (Sport). Alex, inclusive, se sente orgulhoso por ser o primeiro dos quatro irmãos boleiros a jogar no futebol de Brasília.
“Acho que também é bom fazer história em cada lugar do Brasil. Você ser querido em cada lugar que você passa é muito bom. Não sei se no final da minha carreira eu vou continuar com o futebol, então é sempre bom manter as portas abertas”, opina, em meio a gritos de 15 torcedores organizados do Brasiliense que prestigiaram a apresentação do zagueiro.
Recomeço
Medalhista de bronze nas Olimpíadas de Pequim e campeão da Copa América, em 2007, pela seleção brasileira, o zagueiro vê a chegada ao Jacaré como uma nova etapa na carreira.
Alex era um sonho antigo da diretoria do time amarelo. Em 2013, o Brasiliense tentou contratar o jogador, mas ele já estava acertado com o Boa Esporte, de Minas.
Os problemas com a noite, algo recorrente no início da trajetória como profissional, já fazem parte do passado, assim como os títulos e a passagem “por times grandes”, como ele mesmo colocou. Agora, Alex Silva busca mostrar que é um atleta com outra postura.
“Acho que preciso mostrar aos dirigentes e às pessoas do futebol que eu mudei minha conduta. Sou um cara totalmente profissional, estou trabalhando demais, como um menino de 18 anos. Sei que agindo assim vou voltar a alcançar o que almejo e, olhando bem, a camisa amarela é a mesma”, brinca, em uma clara referência à seleção brasileira.
A passagem de Alex Silva pela capital pode não ser muito longa. O contrato do zagueiro é válido até o final do Campeonato Candango. Apenas em caso de título e a consequente vaga na Série D do Brasileiro, o vínculo será estendido por um ano e aí então o jogador fará parte do plantel na competição nacional.
Encontro bem antigo
Por conhecer praticamente os quatro cantos do futebol brasileiro, Alex Silva, teoricamente teria facilidade para se adaptar também no Brasiliense. Foi justamente o que aconteceu. Logo ao chegar, encontrou com Allan Dellon, companheiro nos tempos de Vitória (BA). Claro que o veterano não escapou das brincadeiras.
“Quando cheguei no Vitória, com 17 anos, o Allan já era um dos veteranos. Hoje, tenho 30, cheguei ao Brasiliense e ele estava do mesmo jeito. Acho que o gato foi bem feito”, brincou, em meio a gargalhadas.
Boa recepção
A forma com que foi tratado pelos agora novos companheiros também foi digna de comemoração por parte de Alex Silva.
“Me senti bem demais. Tem lugares onde você chega e já sente aquele negócio negativo. Aqui, desde que passei pelo portão e participei do treinamento, achei a rapaziada espetacular. Os jogadores me trataram super bem”, sintetiza.
