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Futebol

Equipes deixam para inscrever atletas na última hora e sofrem com o novo sistema do BID

Arquivo Geral

27/01/2015 8h11

Haland Guilarde

Especial para o Jornal de Brasília

A rodada de abertura do Campeonato Candango foi, como em edições anteriores, bastante movimentada fora dos gramados. Além de três jogos com portões fechados –  por conta da falta de laudos liberando os estádios -, outro fato relevante foi a falta de jogadores inscritos no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

De acordo com o presidente da Federação Brasiliense de Futebol (FBF), Jozafá Dantas, alguns times deixaram para pagar a taxa de liberação das senhas para o registro na CBF em cima da hora.

“Aqueles times que pagaram a taxa até 31 de dezembro a CBF liberou imediatamente a senha de acesso ao sistema. Mas outros, como o Paracatu e o Gama, só pagaram na semana passada. Então a CBF só liberou a senha depois que do pagamento do valor de R$ 2.500,00”, revelou Jozafá ao explicar a falta de atletas dessas equipes inscritos no BID.

Sem dúvida, a agremiação mais prejudicada pela falta de jogadores inscritos foi o Paracatu Futebol Clube. A comissão técnica só contou com oito atletas na viagem à Brasília para a partida contra o Ceilândia, no Abadião. No entanto, pouco antes do jogo o atleta da base, Bruno, passou mal. O técnico Alex Oliveira passou a ter apenas sete jogadores disponíneis.

Com a bola rolando o goleiro Vítor, que segundo a direção do clube já estava sem condições para o confronto, sentiu o joelho direito ao chutar a bola e não teve como continuar em campo. Deste modo, o árbitro Alan Simei apitou o fim do jogo antes dos dois minutos.

O ocorrido foi relatado na súmula pelo árbitro e o documento foi encaminhado ontem pela FBF ao Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF). 

Sem outro jogo

Segundo Jozafá Dantas, de acordo com o Regulamento Geral da Competição, artigo 53, parágrafo III, o Paracatu perdeu os três pontos do duelo e os pontos foram para o Ceilândia. Para o dirigente, uma nova partida não está nos planos, a menos que seja uma decisão judicial.

“Assim diz o regulamento, mas nós encaminhamos para o tribunal avaliar se houve desídia, má vontade ou manipulação”, relatou Jozafá.

Entenda o caso

Sistema ainda traz problemas

A véspera do primeiro dia do Campeonato Candango, que teve o pontapé inicial no último domingo, foi de muito sufoco para os clubes da capital federal no que diz respeito aos atletas regularizados para entrar em campo e defender suas agremiações. 

Até a sexta-feira, por problemas no novo sistema online do BID da CBF, diretorias de clubes participantes do certame enfrentaram dificuldades para regularizar seus jogadores. 

O fato gerou estresse quase geral, em especial, para os times que deixaram para pagar o valor instipulado pela CBF de R$ 2 mil anteriormente, e R$ 2.500 depois de 31 de dezembro, em cima da hora. Até o ano passado, todas as federações estaduais eram as únicas responsáveis pela efetivação de jogadores no boletim. Hoje, as entidades repassam a solicitação dos clubes para, posteriormente, a CBF validar – num prazo de até três dias – a regularização dos mesmos.

A culpa é da greve dos vigilantes

Ao término dos quase dois minutos de partida entre Ceilândia e Paracatu, o presidente do time mineiro, Elias Andrade, explicou que não tinha qualquer condição de buscar garotos da base que disputaram a Copa São Paulo de Futebol Júnior para compor o elenco.

Segundo o regulamento, cada equipe pode utilizar até cinco jogadores da base casa seja necessário. Porém, de acordo com o dirigente, assim que a delegação voltou da competição, a diretoria dispensou os atletas e não havia como trazê-los de volta.

“Não tinha como reintegrar esses jogadores, alguns moram na Bahia, outros no Sul de Minas Gerais, mais um no Rio de Janeiro e outros dois em São Paulo. Quando vi a situação, já era sábado pela manhã”, alegou o presidente do time mineiro.

Elias Andrade comentou ainda que o pagamento da taxa foi realizado na sexta-feira por motivo da greve dos vigilantes e, por consequência, as agências bancárias fecharam as portas para a realização de serviços.

Outra equipe que teve muitas mudanças na formação considerada titular foi a Sociedade Esportiva do Gama. Ao todo, oito jogadores ficaram de fora do duelo com o Santa Maria pela partida inaugural do Candangão. Entretanto, o elenco gamense foi completado com jogadores do plantel da base. Para ter condições de jogo cada time precisa ter pelo menos 18 atletas inscritos para o jogo.

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