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Futebol

Candangão tem jogo relâmpago: só quatro minutos e falta de atletas

Arquivo Geral

25/01/2015 21h25

Se você, otimista torcedor que vislumbra dias melhores no futebol da cidade, achou que o único pormenor da rodada seria a falta de público nos estádios, se enganou redondamente. O jogo que deveria ser disputado entre Ceilândia e Paracatu, no estádio Abadião, será o primeiro a dar alguma dor de cabeça ao Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal.

Isso porque o Paracatu foi uma das equipes que não conseguiram registrar todos os jogadores no BID. Mas o time mineiro conseguiu fazê-lo com apenas oito atletas e esse é só o começo do problema. Dos jogadores em condição de jogo, um sentiu-se mal antes do pontapé inicial e sequer foi ao gramado do Abadião. 

O goleiro do Paracatu, Vítor, que entrou em campo sem condições ideais, segundo a diretoria da equipe, sentiu dores com apenas um minuto e desabou em campo. No momento em que pediu a substituição, quem partia para o ataque era o Ceilândia, que visava usar a superioridade numérica para marcar o primeiro gol da partida.

O que foi feito?

Sem jogadores para suprir a perda de Vítor, além de ir de encontro à regra que impede um time de seguir na partida com apenas seis jogadores, o árbitro Alan Simei decretou o fim da partida.

O incidente foi relatado na súmula do embate. O juiz do jogo afirmou não ter competência para dar o resultado ao duelo e, portanto, deixou o julgamento nas mãos do Tribunal de Justiça Desportiva. E ainda estamos na primeira rodada…

Quem disse que não tem torcida?

Parecia que a torcida ia entrar e ocupar as arquibancadas. O clima no Augustinho Lima era o de outra partida qualquer, com vendedores ambulantes do lado de fora do estádio. Mas o espaço também estava proibido de receber público para Sobradinho x Formosa.

A solução encontrada pelo Leão da Serra foi, provavelmente, a mais criativa dentre todos os mandantes que não puderam ter seus aficcionados dentro das dependências do estádio: o alvinegro contratou uma equipe para filmar o embate diante do Formosa. Com um telão montado sob um toldo do lado de fora do Augustinho Lima, foi possível assistir ao jogo. A assessoria do clube informou que foi necessário investir R$ 5 mil extras para que a medida desse certo. Aqueles que não quisessem ficar ligados no telão tinham ainda a opção de apenas ouvir o jogo: um trio elétrico pegou o sinal de uma rádio comunitária de Sobradinho que transmitia a partida.

E a torcida do Sobradinho compareceu em massa. Eram pessoas de todas as idades, assistindo à estreia de Dimba e companhia no Candangão deste ano.

Organizada faz batuque

Quem mais aproveitou a medida da diretoria do Sobradinho foi a torcida organizada da equipe. Os membros da uniformizada ornamentaram o local com faixas e até bandeiras. 

A bateria também marcou presença, entoando músicas vistas nos jogos do Sobradinho. A empolgação dos torcedores era tanta que nem parecia que as canções vinham de fora do estádio.

O que eles não esperavam era que, mesmo com todo o apoio vindo do outro lado do muro do Augustinho Lima, o Leão da Serra fosse derrotado por 1 x 0 logo no primeiro jogo no Candangão.

Curiosidade

Faltou jogador

1 Problemas com o BID: um possível congestionamento no sistema da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode ser a causa das primeiras bizarrices da edição deste ano do Candangão. Com isso, alguns contratos não puderam ser gerados e, consequentemente, os jogadores não puderam entrar em campo.

2 Próxima rodada garantida:  em entrevista à Rádio Esportes Brasília, o presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Jozafá Dantas, afirmou que a 2ª rodada está garantida. Falta saber ainda se os estádios que não receberam público vão obter a liberação.

Público diferente no Serejão

No Serejão, uma folha de papel afixada nos portões indicava com clareza: “Não haverá público”. Por conta da chuva, parte da tinta já havia deixado a folha, mas o recado estava dado. Curiosamente, alguns levaram o recado ao pé da letra: a reportagem do JBr. teve de esperar mais de dez minutos do lado de fora do estádio antes de finalmente poder ter acesso às tribunas de imprensa.

Dentro do estádio, ocorreu o que se esperava. As arquibancadas, que outrora recebiam a torcida organizada do Brasiliense, estavam vazias. Nem mesmo a passarela que passa próxima ao Serejão foi usada como local para assistir à estreia do Jacaré, que empatou com o Ceilandense por 3 x 3.

O público perdeu aquele que, provavelmente, foi o melhor jogo da rodada. O Ceilandense chegou a abrir 2 x 0, mas o Brasiliense conseguiu o empate. O terceiro gol do time da Ceilândia é sério candidato a mais bonito do certame: Gago recebeu na intermediária, deixou dois do Jacaré no chão antes de fuzilar Welder.

Tribuna com jogadores

Outro local que ficava tomado em dia de jogos “normais” do Brasiliense, ontem recebeu um público bem mais tímido. A tribuna de honra do estádio de Taguatinga contou com alguns presentes, que não foram suficientes sequer para preencher metade dos assentos.

As cadeiras do local foram ocupadas por membros da comissão técnica das duas equipes, além de jogadores que não foram relacionados para o jogo inaugural.

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