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Futebol

Macaé dribla trânsito, segura Papão, cala o Mangueirão e vence Série C

Arquivo Geral

22/11/2014 19h36

<p>Pura emoção. Sofrimento. Estádio lotado. Campeão histórico. A decisão da Série C do Campeonato Brasileiro não poderia ter contado com contornos tão complexos, que talvez nem um grande cineasta de Hollywood teria escrito. Após ficar três vezes atrás no placar, o Macaé-RJ foi valente, buscou o empate em 3 a 3 e, pelos gols marcados longe de seu estádio, calou o Mangueirão e conquistou o primeiro título nacional de sua história. Os gols da partida foram marcados por Zé Antônio, Ruan e Rômulo (Paysandu), João Carlos, duas vezes, e Diego Corrêa (Macaé-RJ).</p>

<p>E o time fluminense não teve que lutar apenas dentro de campo, mas também com o lado psicológico. Antes da partida, um contratempo atrasou o início do jogo. O Macaé teve problemas para chegar ao Mangueirão por conta do trânsito no entorno do estádio – que teve todos os ingressos vendidos. A equipe carioca reclamou que a Polícia Militar não compareceu ao hotel para acompanhar o deslocamento do ônibus até o estádio, como teria sido acordado anteriormente.</p>

<p>Já o Paysandu perdeu a chance de conquistar o título brasileiro no ano de seu centenário. Durante toda a temporada, os atletas do Papão usaram camisas com números de 100 para cima. O Macaé-RJ se junta ao Olaria, Americano e Fluminense – cariocas campeões da Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro.</p>

<p>O JOGO Motivado e querendo derrubar mais um grande clube do futebol brasileiro, o Macaé-RJ assustou o Mangueirão e começou muito bem a partida. Logo aos 9 minutos, João Carlos recebeu na entrada da área, girou bonito sobre Reniê e bateu, mas o chute não teve tanta precisão. Incendiado pela pressão da torcida – que lotou o estádio – o Paysandu partiu para cima e, para delírio dos 38 mil pagantes, abriu o placar aos 16 minutos. Airton cruzou com perfeição para Zé Antônio, que antecipou a marcação e subiu sozinho para, de cabeça, colocar o Papão na frente.</p>

<p>A partida continuou corrida nos minutos seguintes, mas a grande resposta dos cariocas veio aos 34 minutos. Em falta da entrada da área, Diego Corrêa cobrou com perfeição, mas a bola explodiu no travessão do goleiro Paulo Rafael. Valente, a equipe da Região dos Lagos no Rio de Janeiro seguiu pressionando e conseguiu o empate. João Carlos testou firme após cruzamento de escanteio, sem chances de defesa para o goleiro do Paysandu.</p>

<p>A segunda etapa começou com a mesma velocidade de todo o primeiro tempo, assim como o ambiente do Mangueirão. O estádio segue os padrões antigos e não foi reformado como as novas arenas. O público não parou de cantar e, logo aos sete minutos, o Bicolor paraense voltou à frente do placar. Ruan recebeu na entrada da área e bateu forte, no canto, sem chances para o goleiro Milton Raphael.</p>

<p>Mas a equipe fluminense lutou muito e não se entregou em momento algum. Com um lado psicológico muito aguçado, empatou o confronto pela segunda vez aos 14 minutos do segundo tempo. Em mais um cruzamento, dessa vez rasteiro, João Carlos recebeu e desviou por cima do goleiro, que só olhou a bola tocar de leve no travessão e balançar a rede.</p>

<p>Mas a emoção dos torcedores paraenses e fluminenses parecia não dar espaço à tranquilidade. E para colocar ainda mais sofrimento nas arquibancadas do Mangueirão, o Paysandu marcou o terceiro. Yago Pikachu recuperou a bola na linha de fundo, entrou na área e tocou para Rômulo. O atacante, de letra, fez explodir o estádio pela terceira vez na tarde/noite paraense.</p>

<p>Mas quem disse que o Macaé suportou ficar atrás no placar? Aos 31 minutos, Diego Corrêa tabelou com João Carlos, entrou na área e bateu muito forte. A bola passou oelo meio das pernas do goleiro e colocou o título nas mãos da equipe do sudeste mais uma vez.</p>

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