A polêmica envolvendo a venda de ingressos para a final da Copa do Brasil ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira. O juiz José Maurício Cantarino Villela, da 29ª Vara da Justiça Civil de Belo Horizonte, deferiu parcialmente o pedido de liminar feito, pelo Ministério Público de Minas Gerais, para que o Cruzeiro vende por R$ 500 os ingressos destinados ao setor visitante.
O clube celeste, mandante da segunda partida da final da Copa do Brasil, havia divulgado que os atleticanos que desejassem comparecer ao Mineirão teriam que desembolsar R$ 1000. A cobrança foi considerada abusiva pelo Ministério Público, e A Justiça estipulou uma multa de R$ 10 mil por ingresso vendido caso o Cruzeiro não siga a decisão em primeira instância.
“Defiro parcialmente as tutelas de emergência pleiteada na inicial, para determinar que o réu, Cruzeiro Esporte Clube, comercialize os ingressos do Setor Oeste Superior para os consumidores a preço não superior a R$ 500,00 (quinhentos reais), sob pena de multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais), para cada ingresso vendido para o referido setor, a serem revertidos para o Fundo Estadual de Defesa e Proteção do Consumidor”, diz a sentença.
Ainda há também um impasse relacionado ao número de cadeiras que serão disponibilizadas ao setor visitante na partida. Após reunião entre a Polícia Militar e representantes dos dois clubes, nesta quinta-feira, ficou determinado que os atleticanos recebessem apenas 1.854 ingressos, por causa das questões de segurança no Mineirão.
O Cruzeiro, no entanto, alega que já começou a venda para um setor que deveria ser isolado – o mais próximo aos visitantes no Mineirão -, o que limitaria ainda mais os espaços dos atleticanos. Com o risco de ter menos de mil torcedores no segundo jogo da decisão, a diretoria do Galo já afirmou que brigará ainda pela carga de 10%, como manda o Estatuto do Torcedor, dos cerca de 60 mil ingressos.
