Menu
Torcida

Em último jogo da Copa, brasilienses lotam bares

Arquivo Geral

15/07/2018 14h40

Brasilienses assistem final da Copa do Mundo em bares. Foto: Kléber Lima/Jornal de Brasília

Raphaella Sconetto
[email protected]

Não tem Brasil, mas a final da Copa do Mundo foi esperada por parte dos brasilienses. Neste domingo (15), os torcedores e amantes do maior evento futebolístico do mundo lotaram os bares de Brasília para acompanhar a última partida entre França e Croácia. Comerciantes afirmam que esperavam lucro maior nos 32 dias de jogos e que a saída antecipada da seleção brasileira diminuiu as vendas.

A torcida foi quase unânime: se dependesse da vibração a Croácia levaria o prêmio. Para o servidor público Sérgio Rodrigues da Silva, 32 anos, a torcida era por conta da final de 1998, quando a França ganhou do Brasil. “E, lógico, a gente sempre fica na expectativa para que o grupo das campeãs aumente. Então estamos simpatizando e torcendo para a Croácia”, afirmou. Assim como ele, seus amigos Matheus Aires, 32, e Thiago Gonçalves, 31, também torciam para a Croácia.

Brasilienses torcem por seleções que disputavam final da Copa do Mundo. Foto: Kléber Lima/Jornal de Brasília

Para o grupo, o ideal era que o Brasil disputasse a final. “Brasil e França para devolver a copa de 1998”, brincaram. Os três estiveram na Rússia acompanhando os primeiros jogos. “Foi uma experiência muito boa. O país foi muito receptivo, não é a mesma imagem que temos daqui”, lembram.

Um único torcedor no bar Piratas gritava para a seleção francesa. Bruno Madeiro, 28, conta que a torcida veio pela experiência teve na Rússia. “Estava lá e assisti o jogo da França contra a Dinamarca. Desde então comecei a torcer para a França e o Brasil”, conta.

Em uma mesa com mais três pessoas, os amigos – Daniele Franco, 25, Mariana Siebra, 28, e Gerardo Magela, 28 anos – torciam para a Croácia. “Mas não tem briga, estamos na paz”, brincou.

CASA LOTADA

No bar Primeiro, a casa lotou: 600 pessoas estavam para assistir ao último jogo da Copa. Um deles era o empresário Fidel Mazepas, 56 anos, que era torcedor declarado da França. “Meu pai era francês. Torço para França depois que ele morreu, desde 1986”, resume.

O único na mesa, Fidel diz estar feliz com o resultado. “Jogo de hoje foi mais que emocionante. Apanhei da mulher, do vizinho. Mas foi legal. A França fez uma ótima atuação na Copa, merecia ganhar. Somos invictos”, comemora.

LUCRO PODERIA SER MAIOR

Os bares até que ficaram lotados, mas o público esperado era ainda maior pelos donos dos estabelecimentos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (Sindhobar), Jael Antônio da Silva, o lucro não foi o que era esperado.

“Houve uma preparação significativa de alguns bares. Fizeram todo um trabalho de marketing, decoração, pratos especiais, bebidas, promoções. Mas, ainda assim, foi um público bem razoável. A expectativa era de um público maior”, alega.

Conforme o presidente do Sindhobar, os comércios que saíram na frente, foram aqueles que mais investiram. “Colocaram mais telões, televisões, incluíram a parte musical com programação, apostaram em buffets especiais”, indica.

A responsável pela queda nas vendas foi a saída precoce da seleção canarinho da maior competição futebolística do mundo. “Foi uma ducha de cerveja gelada”, brinca Jael. Ainda assim, os bares e restaurantes seguem com as divulgações. “Estão tentando atrair clientes com promoções”, completa.

Quem confirma a opinião do presidente do sindicato é o dono do bar Piratas, que fica no Setor de Indústrias Gráficas, Arthur Weiler. “Estava indo tudo bem até o Brasil sair. O povo desanimou e as vendas caíram bastante”, conta.

Ainda assim, ele afirma que as vendas aumentaram em 10% nos 32 dias de Copa do Mundo. “No geral, valeu o investimento”, aponta. Ele apostou em decoração, compra de mais três televisões e alugou dois telões. “Nos outros jogos, até quando não era do Brasil, vinha mais gente do que de costume”, completa.

O gerente do bar Primeiro, Manoel Pereira, conta que as vendas dobraram. Assim como o bar vizinho, o lucro caiu após a saída do Brasil. “O público foi ótimo”, levanta. “Investimos em televisões, telões, bandas depois dos jogos, mantivemos o cardápio que é excelente. Mantivemos nossa clientela e conquistamos novos clientes”, finaliza.

AUTUAÇÕES DA LEI SECA

Só a Polícia Militar autuou pelo menos dois mil condutores por alcoolemia nas vias do Distrito Federal, nos últimos 30 dias. Segundo a corporação, mais de 300 operações de trânsito foram realizadas para evitar acidentes e mortes.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado