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Decisão do Campeonato de Futebol Feminino do DF começa neste domingo (19)

Arquivo Geral

17/08/2018 18h16

Divulgação/Minas/Icesp

Matheus Garzon
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Duas equipes acostumadas a vencer. Assim pode ser resumida a final do Campeonato de Futebol Feminino no Distrito Federal de 2018. De um lado o Cresspom, maior campeão da história com seis taças. Do outro, o Minas/Icesp, atual bicampeão. O título começa a ser definido neste domingo, às 15h, no estádio do Abadião. O jogo de volta será no próximo dia 26, às 16h, novamente na Ceilândia.

De longe, são os dois melhores elencos do campeonato. Outras três equipes também estavam na disputa – Santa Maria, Ceilândia e Gama -, mas não conseguiram segurar o ímpeto das finalistas. Minas e Cresspom só não ganharam um jogo nessa primeira fase e foi justamente o encontro entre os dois: empate por 1x 1.

Pelo lado do Cresspom, o treinador Marinho, no clube desde 2011, vê que o time evoluiu ao longo da competição. “Procuro trabalhar sempre visando as partes principais do jogo. Tivemos mudanças do ano passado para este e nos reinventamos”, explica o técnico.

Marinho conta que os jogos da semifinal deram um sinal de que o Cresspom está preparado para enfrentar o Minas no domingo. “Fizemos dois bons jogos contra o Ceilândia, ganhamos as duas partidas e agora é foco total no Minas”.

O treinador ainda diz que, apesar de o Minas estar em alta no futebol da cidade por conta dos dois últimos títulos, o Cresspom também está acostumado à grandes jogos. “Em 2016 terminamos em terceiro lugar na Copa do Brasil Feminina (competição já extinta). Fora os títulos aqui no DF”, relembra Marinho.

Por estar na final, o clube assegurou vaga na seletiva da Série A-2 do Campeonato Brasileiro de 2019. Marinho, no entanto, prefere ainda não focar nisso. “Estamos pensando por etapas. Primeiro é essa final, depois planejaremos o ano que vem.”

Em busca do tri

Pelo lado do Minas, o treinador Singo Santos relembra o esforço feito pela equipe nesta temporada. “Nós fizemos um trabalho forte desde o começo do ano. Temos um time caseiro, praticamente todo formado na base. Focamos muito na parte técnica”, conta Singo.

Todo o suor valeu a pena, aliás, a conquista do tricampeonato não seria o primeiro título do ano. Em julho, as meninas venceram Série A-2 do Brasileirão. “Nosso grupo se fechou de fato na semifinal do Brasileiro O time que enfrentamos (3B Sports – AM) falou muito. Disse que passaria por nós facilmente”, critica Singo. Toda essa provocação serviu de combustível para o time, que conseguiu chegar à final contra o Vitória.

Na decisão, Singo aconselhou as atletas. “Já estamos na Série A. Nosso jogo é difícil, mas temos que ir tranquilos”, disse o treinador. A tranquilidade deu certo. O Minas decidiu o título nos pênaltis e levantou o taça. “Ganhou a equipe que jogou certinho e estudou o adversário”.
Com relação à final deste domingo, o técnico lamenta o pouco tempo de treino, mas espera um bom jogo. “Elas também jogam o futsal, por isso não tivemos muito tempo de preparação. Tentaremos definir o jogo apenas na segunda final. O Cresspom é uma equipe de tradição e que merece nosso respeito”.

Preconceito evidente

As dificuldades para as atletas não se resumem às que acontecem dentro de campo. Laissa Nascimento,de 19 anos, é atacante do Minas e desde os sete joga futebol. Ela conta que sempre sofreu preconceito. “Quando eu comecei era bem mais. Hoje melhorou, mas ainda tem”, relata.

Laissa diz ainda que vê pouca união em torno do futebol feminino, mesmo por parte dos próprios clubes. “As diretorias dos times deveriam se juntar para fazer o esporte crescer. Nós, jogadoras, estamos dando essa visibilidade aqui no DF, mas ainda precisa de muito mais”, argumenta.

Quando o assunto é dentro de campo, a atacante, que já tem oito gols no campeonato, não espera jogo fácil na final de domingo. “Sabemos que vai ser muito mais difícil que no jogo da fase classificatória. É a melhor geração que o Cresspom já teve”, elogia Laissa.

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