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Torcida

Brasiliense lutará em card principal do UFC 234

Arquivo Geral

07/02/2019 17h36

Divulgação: UFC

Matheus Garzon
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Não é todo dia que se tem a chance de lutar no card principal de um dos eventos de MMA mais esperados dos últimos tempos. O brasiliense Rani Yahya sabe que está diante de uma grande oportunidade e, por isso, não quer dar brechas ao norte-americano Ricky Simon neste sábado, na Austrália, em combate válido pelo UFC 234. A noite contará ainda com a disputa do cinturão dos pesos-médios entre Robert Whittaker e Kelvin Gastelum, além da volta ao octógono, após dois anos, de Anderson Silva, um dos atletas mais midiáticos da modalidade.

O adversário do candango não é dos mais conhecidos no Ultimate, apesar de acumular resultados que chamam a atenção. Ricky Simon só perdeu uma das 15 lutas que fez até hoje. No UFC, são dois combates e duas vitórias. Rani, no entanto, não se intimida com o retrospecto do norte-americano. “Acho que será um bom teste. É um garoto novo, cheio de gás, mas me vejo vencendo e dando uma animada no público”, avalia.

Mesmo considerando o oponente qualificado, Rani não esconde que gostaria de um rival acima dele na classificação dos pesos-galo do UFC. “Eu esperava alguém ranqueado na categoria, infelizmente não veio. Mesmo assim, eu considero o Ricky melhor que alguns que estão no ranking”, analisa.

O estilo dos dois é diferente. Rani é formado no jiu-jitsu e se vê levando vantagem no combate contra Simon. “É um cara que vem da luta olímpica. Pode ser que ele esteja preparado para me enfrentar, mas acho que o que ele tentar fazer no chão, terei totais condições de neutralizar”, comenta o peso-galo.

Rani crê que vencerá a luta com tranquilidade. Foto: Divulgação UFC

Toda essa confiança tem explicação. Yahya já é um atleta experiente no UFC, com 11 vitórias em 14 combates pela organização. A última derrota foi em março de 2017, por decisão dos juízes. Desde então, ele lutou três vezes e venceu todas por finalização. “Minha experiência pode ser fator decisivo. Vejo o Ricky muito afoito em alguns momentos. Ele só fez duas lutas no UFC e eu já vi de tudo lá. É um nível que ele ainda não está acostumado”.

Mesmo com tanta vivência, esta será a primeira vez que Rani entra no octógono tão próximo da luta principal da noite. O combate antecederá a volta do maior representante brasileiro no UFC de todos os tempos, Anderson Silva. “Esperava uma oportunidade ainda em dezembro, mas estou bem entusiasmado. Vai ser uma luta com excelente visibilidade para mim. Finalmente terei a chance que vinha pedindo há tanto tempo”, comemora.

Spider

Para os brasileiros, a luta mais esperada do card está na categoria dos pesos-médios, mas não é a disputa do cinturão entre o neozelandês Robert Whittaker e o norte-americano Kelvin Gastelum. Todo mundo estará ligado no retorno do quarentão Anderson Silva, após cumprir pena por uma segunda suspensão por doping.

O Spider foi flagrado pouco antes do UFC Xangai, em novembro de 2017. Ele realizou o teste no dia 26 de outubro daquele ano e a amostra deu positiva para uma substância esteroide anabólica e uma diurética.

Por conta da falta de ritmo e da idade avançada, não será uma luta fácil para Anderson Silva. Ele vai encarar um dos grandes nomes recentes do UFC, o nigeriano Israel Adesanya, invicto em 15 duelos na carreira, tendo vencido 13 por nocaute.

Rani Yahya entrará no octógono antes de Anderson Silva e não vê o Spider como favorito. “É uma luta perigosa para ele e, infelizmente, acho que Israel deve ganhar. A não ser que o Anderson mude a estratégia dele. O problema é que, ele com 43 anos, não vejo uma mudança dessas acontecendo”, palpita.

 

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