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Brasiliense curte a boa fase e mira a Fórmula Indy

Arquivo Geral

29/10/2018 8h38

Atualizada 30/10/2018 21h28

Felipe Nasr pensa correr na Fórmula Indy em 2020Foto: José Mário Dias

Matheus Garzon
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Felipe Nasr está em uma nova fase da carreira. O brasiliense, que cresceu no mundo do automobilismo em competições de carros Fórmula, como a GP2 e a cobiçada Fórmula 1, acaba de voltar para o Brasil com o título do IMSA 2018 – tradicional campeonato de protótipos disputado nos Estados Unidos – na bagagem.
Em conversa, por telefone, com o Jornal de Brasília, o piloto falou sobre a sua a adaptação ao IMSA e não descartou voltar às origens em um futuro próximo. A categoria na qual Felipe se sagrou campeão é conhecida por ter corridas de longa duração, como as 24 horas de Daytona. As disputas menos demoradas duram duas horas. “É o campeonato de endurance mais forte dos EUA. Eu não estava acostumado, mas gostei ”.

Por durarem tanto tempo, as equipes que participam do campeonato contam com pelo menos três pilotos que se revezam. Para Felipe Nasr, essa é uma das peculiaridades da categoria. “A dupla principal sou eu e o norte-americano Eric Curran, campeão em 2016. Mas como às vezes as corridas são de seis, sete horas, existe um terceiro piloto (o britânico Mike Conway) que pode nos substituir”, comenta.

Felipe Nasr e a sua equipe, a Cadillac, conquistaram o título do IMSA na última prova do calendário. “Até sete horas de corrida, nós estávamos em uma posição boa. O problema é que nas duas horas finais, pedaços de borracha entraram no respiro do motor e o carro perdeu potência”, lembra o brasiliense.

Do jeito que estava, Felipe Nasr precisava terminar pelo menos em oitavo para levantar o troféu. Diante dessa dificuldade, a equipe mudou a estratégia. “Resolvemos fazer uma parada a menos. Foi um trabalho difícil, terminamos no limite, mas conseguimos a oitava posição e o título”.

Campeão, o candango não poderia estar mais satisfeito com seu primeiro ano nos EUA. Ele acumulou uma vitória e outros quatro pódios, além do título não apenas da temporada, mas também da Patron, que considera apenas as quatro grandes corridas de longa duração do calendário. “Foi uma experiência fantástica. É uma categoria com pilotos muito bons e conhecidos”, diz Felipe Nasr, que correu contra o compatriota Helio Castroneves (ex-Fórmula Indy) e o colombiano Juan Pablo Montoya (ex-F-1).

Quem olha para os resultados pode achar que o brasiliense já conhecia os circuitos que correu. Só que, por ser apenas a primeira temporada dele, a maior parte do reconhecimento de pista era feito virtualmente. “Antes de cada corrida eu me preparava no simulador. Chegava no fim de semana da corrida que eu realmente conhecia o percurso. Antes deste ano, só conhecia o de Daytona”, confessa.

Futuro

Depois de uma temporada brilhante, Felipe Nasr diz que já recebeu propostas para pilotar na Fórmula Indy em 2019, ao mesmo tempo que competiria no IMSA. Mas o brasiliense acredita que ainda não é o momento de dar esse passo. “A Indy é um caminho natural. É uma categoria muito forte e uma grande oportunidade, mas em 2019 ainda não, provavelmente 2020.”

O brasiliense acredita que não ficará desacostumado com o estilo do carro de fórmula, modelo que guiou por toda a carreira. “Pilotar um carro protótipo é um estilo bem parecido com um de fórmula”, analisa Felipe Nasr.

Saiba Mais

O brasiliense Felipe Nasr começou sua história na F-1 em 2014, como piloto de testes da Williams. No ano seguinte, assumiu o cockpit titular da Sauber e ficou na escuderia suíça até o fim de 2016.
No total, o candango participou de 40 corridas da F-1, sendo o seu quinto lugar no GP da Austrália, em março de 2015, a melhor estreia entre os 31 brasileiros que correram na principal categoria do automobilismo mundial.

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