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Torcida

Brasília bem representada

Arquivo Geral

05/11/2018 16h05

Esperança de medalha para o DF, Matheus Américo (de verde) quer começar a disputar provas internacionais/Foto: Divulgação

Matheus Garzon
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Começa nesta segunda-feira (5), em Maringá (PR), a fase final dos Jogos Universitários Brasileiros, o JUBs. Sendo disputado em um formato mais enxuto neste ano, a competição entre acadêmicos mais tradicional do País contará com cerca de 3,5 mil estudantes para disputas em 15 modalidades esportivas diferentes, até sábado (10).

O Distrito Federal está bem representado. É uma das três unidades da Federação a possuir times classificados para todas os esportes coletivos e, nas categorias individuais, só a natação paralímpica não terá algum brasiliense.

De acordo com o presidente da Federação do Esporte Universitário do Distrito Federal, Rodrigo Maues, é a chance de alunos mostrarem o rendimento que atingem. “Hoje temos seis universidades filiadas, mas mesmo se o atleta não estiver estudando em uma delas, aceitamos a participação nos Jogos. É uma forma de não punirmos o trabalho do jovem e ainda mostrar à universidade não-filiada a importância do esporte”, conta.

Quem conseguiu garantir vaga para estar em Maringá durante esta semana não teve caminho fácil. Foram realizadas disputas distritais e regionais para se chegar aos finalistas. “Entre agosto e outubro tivemos várias etapas de competição para todas as modalidades. Mesmo no skate, que não tinha carga grande de competidores, a UnB fez uma seletiva para escolher os representantes”, explica Maues.

Uma das atletas que vão para o norte do Paraná e passaram por seletiva foi a nadadora que cursa relações internacionais Luana Ribeiro. Já acostumada com grandes campeonatos, ela ganhou as cinco provas que disputou na eliminatória de Brasília, no final de setembro. “Ganhei nos 50 m, 100 m e 200 m livre e 50 m e 100 m borboleta. Nas provas curtas eu sou mais forte”.

O grande resultado de Luana neste ano foi na disputa do FISU America Games, o Pan Americano universitário, em São Paulo. Ela terminou em primeiro a prova dos 100 metros livre com o tempo de 56.57 segundos. “Foi muito bom representar o Brasil. Ganhar uma competição nadando em casa foi uma ótima experiência”, comenta.

Os bons resultados dentro das piscinas, no entanto, não a eximem dos compromissos na faculdade. “Já tem gente que está em Maringá, mas só poderei ir na terça (amanhã), pela manhã. Estou no último semestre do curso, então não posso ficar perdendo aulas. Assim que terminar minha participação no campeonato, volto a Brasília”, diz.

Ainda falta o apoio

Outro brasiliense que é grande esperança de medalha para o Distrito Federal é o corredor Matheus Américo. Acostumado a participar de eventos profissionais, o atleta especialista em corridas de 800 m e 1500 m trata o JUBs como um campeonato para finalizar a temporada em alta. “Vai servir como preparação para o ano que vem. Quero analisar o que preciso melhorar, pois estou a um segundo do índice olímpico”, comenta o atleta, que correu para 1:47:10 nos 800 metros rasos em 2018.

A intenção, Matheus conta, é no ano que vem começar a participar de torneios internacionais, pois, de acordo com ele, mesmo as competições brasileiras de mais alto nível ele já está se saindo muito bem. “De abril para cá, eu tenho puxado todas as provas. Ir para circuitos na Europa, por exemplo, vai me testar de outras formas”, diz.

Mesmo tendo conquistado o Troféu Brasil, o Campeonato Sul- Americano e os Jogos Esportivos do Exército neste ano, Américo não conseguiu bolsa para estudar educação física e diz que se não fosse pela ajuda que o Exército dá, teria largado o esporte. “Mesmo mostrando resultados expressivos, nunca recebi convite de faculdade, não sei o porquê. Só agora que estou terminando o curso que terei uma oportunidade. Meu técnico arranjou uma bolsa para que eu faça uma pós”, conta.

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