Matheus Garzon
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Foi por pouco, mas o Brasília Basquete perdeu mais uma vez no Novo Basquete Brasil (NBB).  O revés desta terça-feira (15) foi contra o Mogi, por 80 a 76, é o 12º em 15 partidas e manteve a equipe candanga por mais uma semana na lanterna da competição. Apesar de ter feito um jogo equilibrado, os erros defensivos voltaram a aparecer no final da partida e custaram o alívio de acabar com a seca que já dura um mês sem vitórias.

O primeiro quarto de jogo foi bastante equilibrado. O técnico André Germano apostou numa formação inicial diferente, com Marcelão de pivô titular, ao invés de colocar o venezuelano Windi Graterol improvisado na posição. O Brasília entrou com maior intensidade se comparado ao jogo contra o Paulistano, da última sexta-feira (11), e se manteve atrás do placar por pouca diferença em praticamente todos os minutos iniciais. Apenas nos últimos dois minutos que o time candango perdeu o ritmo e deixou que a equipe paulista descolasse e o quarto terminou em 28 a 18.

Se o Brasília sofreu um apagão no final do primeiro quarto, o Mogi praticamente sumiu de quadra no 10 últimos minutos antes do intervalo. Errando muito arremessos e não conseguindo se desvencilhar da forte marcação candanga, o time comandado pelo experiente técnico Guerrinha marcou apenas 15 pontos. Melhor para o Brasília Basquete que, comandado pelos 100% de aproveitamento de Zach Graham no quarto, correu atrás da desvantagem e chegou a liderar o placar em alguns momentos.  Quando soou o final do segundo quarto, o placar mostrava 43 a 40 para o time visitante. Não era o que a participante torcida do Brasília esperava, mas mostrou a capacidade de reação de um time que admitiu ter sido apático na derrota para o Paulistano.

E não poderia ter havido melhor volta para o jogo. O terceiro quarto foi totalmente dominado pelo time da casa. Tudo dava certo para o Brasília. Foram duas bolas de três certeiras do ala Arthur, que fechou o quarto com 12 pontos e dois rebotes. Pelo lado do Mogi, o time parecia atordoado com o ritmo imposto pelos candangos e não conseguia pontuar. JP Batista, um dos destaques do campeonato até o momento, por exemplo, converteu apenas uma das quatro cestas que tentou e ainda errou dois lances livres. O resultado de tanta superioridade foi um placar de 63 a 55 ao final do terceiro quarto.

O último quarto, no entanto, não começou do jeito que as 760 pessoas presentes no ginásio da Asceb esperavam. Rapidamente o Mogi se reencontrou e a vantagem de oito pontos sumiu. Quando faltavam pouco menos de quatro minutos para o fim, o Mogi abriu 74 a 72 e André germano pedir um tempo técnico, que levou o Brasília ao empate.

Faltando apenas cinco segundo para o fim, o ala/pivô venezuelano Windi Graterol cometeu uma falta no norte-americano Shamell e deu a oportunidade para que o Mogi assumisse a frente. O ala de 38 anos converteu os dois lances livres deixando o placar em 78 a 76. A jogada planejada por André Germano na última chance do Brasília de empatar novamente e levar para a prorrogação não deu certo e Shamell, mais uma vez, sofreu falta. Uma ducha de água fria na torcida, que começou a ir embora antes que o placar final fosse sacramentado em 80 a 76 para os paulistas.

Um dos destaques da partida pelo lado brasiliense, o norte-americano Zach Graham lamentou a derrota. “Tivemos grande intensidade, fomos bem na defesa e isso nos permitiu jogar bem na transição, que é nosso ponto forte. Tivemos alguns erros no final, a partida poderia ter sido ganha por qualquer uma das equipes, mas acabamos perdendo”, disse o ala que terminou a partida com 22 pontos, seis rebotes e duas assistências.

Outro jogador que saiu decepcionado de quadra foi o armador Pedro Rava. “Depois da derrota contra o Paulistano a gente sabia que a postura tinha que mudar e a postura foi totalmente diferente. Agora é ver os erros e tentar melhorar. Não podemos abaixar a cabeça pois ainda tem muito campeonato pela frente”, comentou o jogador.

A próxima partida do Brasília Basquete é fora de casa, contra o Bauru, no dia 22 de janeiro.