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Brasileiro conquista título mundial de mountain bike

Arquivo Geral

17/09/2018 9h53

Henrique Avancini chegou dois segundos à frente do austríaco Geismayr/Foto: UCI

O ciclista Henrique Avancini conquistou o título do Campeonato Mundial de Mountain Bike Marathon (XCM), disputado na cidade de Auronzo di Cadore, na Itália, no último sábado (15). Esta é a primeira vez que um brasileiro sagra-se campeão mundial da categoria XCM.

O título coroou a ótima temporada de Avancini, que há havia chegado em quarto lugar no Mundial de Mountain Bike Cross-Country Olímpico (XCO), em Lenzerheide, na Suíça, na semana passada. Na Copa do Mundo de XCO, o brasileiro foi o ciclista que mostrou mais regularidade: foi o único a ficar entre os 20 primeiros colocados nas 13 etapas disputadas. Ele conseguiu cinco pódios e também obteve o quarto lugar geral.

Avancini terminou a temporada como número 2 do ranking mundial, atrás apenas do suíço Nino Schurter, atual campeão olímpico e sete vezes campeão mundial.

O fim da prova deste sábado foi bastante disputado: após mais de cinco horas de pedaladas, Avancini chegou apenas dois segundos à frente do austríaco Daniel Geismayr. O colombiano Hector Paez Leon ficou em terceiro. “Eu sabia que estava em boa forma, mas também sabia que não seria fácil. Para tentar buscar o pódio eu tentei quebrar o ritmo dos ciclistas do Marathon e acho que consegui. Estou muito feliz e emocionado por levar um título dessa magnitude para o Brasil”, declarou Avancini ao site da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).

Três outros brasileiros participaram da prova: Bruno Martins Lemes (50ª colocação, com 5h37min11s), Wenner Patrick de Sousa (137ª colocação, com 6h41min22s), e Lucas Vieira (146ª, com 7h53min43s). Nenhuma brasileira participou da prova feminina, vencida pela dinamarquesa Annika Langvad.

Diferenças entre XCO e XCM

Para ser competitivo no mountain bike, o ciclista precisa demonstrar força, habilidade, técnica e resistência. Em cada percurso – predominantemente de estrada de terra -, há muitas subidas com alto grau de inclinação, descidas de nível técnico avançado, rock gardens (trecho com muitas pedras) e obstáculos a serem atravessados.

O Cross Country Olímpico (XCO) tem um trajeto menor, com provas de seis a 30 ou 35 quilômetros em circuitos que alternam trechos de subidas e declives. A largada e a bandeirada final são dadas no mesmo ponto. A topografia é sempre bastante acidentada – e muitas vezes há um planejamento na construção do circuito. A dificuldade técnica é mais alta e, além de demonstrarem potência muscular nos trechos íngremes, os ciclistas costumam se juntar em grupos durante a prova. Nas provas de XCO há uma área parecida com os boxes de corridas de automobilismo, onde os competidores contam com estrutura necessária e podem se hidratar e se alimentar, além de contar com ferramentas para ajustar falhas mecânicas das bicicletas e câmaras e pneus para os casos de furos. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, os ciclistas deram seis voltas no percurso de 5,4 quilômetros montado em Deodoro.

Como o nome diz, o Mountain Bike Maratona (XCM) é uma prova mais longa que exige maior resistência. As distâncias ficam entre 20 e cerca de 100 quilômetros, com terrenos mais diversificados. A competição não é disputada em “voltas”. O percurso é composto de variações entre trilhas estreitas (single tracks), pedras/cascalho, terra e até asfalto. O início e o fim da prova podem ou não serem no mesmo lugar – não é incomum que uma competição comece em uma cidade e termine em outra. No XCM, o ciclista precisa ser autossuficiente: ele carrega suas ferramentas, câmara de ar, alimentação e garrafas ou bolsa de hidratação. Não há prova XCM em Jogos Olímpicos.

Fonte: rededoesporte.gov.br

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