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Argentina de Lionel Messi faz jogo decisivo contra a Croácia

Arquivo Geral

21/06/2018 7h00

Atualizada 20/06/2018 21h31

Reuters

Jorge Sampaoli nunca foi o favorito dos outros técnicos argentinos, que afiavam as facas à espera de um momento como este.
Com a cabeça na guilhotina, a Argentina de Lionel Messi tem jogo decisivo contra a Croácia, hoje, às 15h, em Ninji Novgorod. Isso depois de atuar mal e empatar na estreia com a Islândia, em Moscou.

“Jogando assim, Sampaoli não deve nem voltar para a Argentina. É uma vergonha”, disse Diego Maradona em seu programa no canal de TV venezuelano TeleSur. O campeão mundial de 1986 é o maior crítico do treinador e jamais perde oportunidade de fustigá-lo em público.

Não é o único. Alfio Basile, Carlos Bilardo e Ricardo Caruso Lombardi, outros companheiros de ofício, já despejaram adjetivos pesados sobre o atual comandante da seleção. Não existe lei de silêncio entre os técnicos do país no que se refere a Sampaoli. Se veem algo errado, os colegas castigam sem piedade.
“A equipe não tem padrão de jogo. É um absurdo”, reclama Basile, que dirigiu a seleção no Mundial de 1994, nos Estados Unidos.

Também não tem time definido. Desde o treino da última segunda, Sampaoli ensaia mudanças na escalação. À imprensa, ontem, ele se recusou a confirmar os escolhidos, mas as entradas de Mercado, Acuña e Pavón nos lugares de Rojo, Biglia e Di María são prováveis. Ele também testou Enzo Pérez, chamado apenas por causa da lesão e corte de Lanzini, na vaga de Meza.

A quantidade de alterações preocupa. Desde a Copa nos Estados Unidos, em 1994, quando Basile usou a mesma escalação nas duas primeiras rodadas da Copa, a Argentina sempre teve trocas entre a estreia e o segundo jogo.

Mas nunca quatro. O máximo foram duas em 2014, quando Alejandro Sabella abriu mão de Campagnaro e Rodríguez para enfrentar o Irã e colocou Fernando Gago e Higuaín. “Sampaoli representa tudo o que está errado no futebol”, reclamou Carlos Bilardo, campeão em 1986 e vice em 1990.

Durante os treinos, Sampaoli tem mandado mensagens desconexas, como um reflexo do que tem sido a passagem que começou há um ano na seleção. Nos primeiros dias passava imagem de maior tranquilidade. Após o empate com a Islândia, fez questão de realizar diante dos jornalistas atividade em campo reduzido em que gritava instruções e elogios a todo momento.

Apesar do pênalti perdido por Messi, é sobre Sampaoli que recaiu todo o peso do empate e do futebol ruim na estreia. Mesmo que o camisa 10 tenha afirmado se sentir responsável pelo resultado, o culpado já estava determinado.

Uma condição que um dia foi de Messi e hoje pertence a Sampaoli. Como sempre se colocou como escudo de seu principal jogador na esperança de que isso o deixasse mais relaxado para atuar.

Uma derrota deixaria a seleção de Messi com um pé fora da Copa já na fase de grupos. É um futuro que Sampaoli não pode contemplar. Por mais que o presidente da AFA, Claudio Tapia, tenha prometido que o técnico vai continuar no cargo, não importa o resultado.

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Jorge Sampaoli nunca foi o favorito dos outros técnicos argentinos, que afiavam as facas à espera de um momento como este.
Com a cabeça na guilhotina, a Argentina de Lionel Messi tem jogo decisivo contra a Croácia, hoje, às 15h, em Ninji Novgorod. Isso depois de atuar mal e empatar na estreia com a Islândia, em Moscou.

“Jogando assim, Sampaoli não deve nem voltar para a Argentina. É uma vergonha”, disse Diego Maradona em seu programa no canal de TV venezuelano TeleSur. O campeão mundial de 1986 é o maior crítico do treinador e jamais perde oportunidade de fustigá-lo em público.

Não é o único. Alfio Basile, Carlos Bilardo e Ricardo Caruso Lombardi, outros companheiros de ofício, já despejaram adjetivos pesados sobre o atual comandante da seleção. Não existe lei de silêncio entre os técnicos do país no que se refere a Sampaoli. Se veem algo errado, os colegas castigam sem piedade.
“A equipe não tem padrão de jogo. É um absurdo”, reclama Basile, que dirigiu a seleção no Mundial de 1994, nos Estados Unidos.

Também não tem time definido. Desde o treino da última segunda, Sampaoli ensaia mudanças na escalação. À imprensa, ontem, ele se recusou a confirmar os escolhidos, mas as entradas de Mercado, Acuña e Pavón nos lugares de Rojo, Biglia e Di María são prováveis. Ele também testou Enzo Pérez, chamado apenas por causa da lesão e corte de Lanzini, na vaga de Meza.

A quantidade de alterações preocupa. Desde a Copa nos Estados Unidos, em 1994, quando Basile usou a mesma escalação nas duas primeiras rodadas da Copa, a Argentina sempre teve trocas entre a estreia e o segundo jogo.

Mas nunca quatro. O máximo foram duas em 2014, quando Alejandro Sabella abriu mão de Campagnaro e Rodríguez para enfrentar o Irã e colocou Fernando Gago e Higuaín. “Sampaoli representa tudo o que está errado no futebol”, reclamou Carlos Bilardo, campeão em 1986 e vice em 1990.

Durante os treinos, Sampaoli tem mandado mensagens desconexas, como um reflexo do que tem sido a passagem que começou há um ano na seleção. Nos primeiros dias passava imagem de maior tranquilidade. Após o empate com a Islândia, fez questão de realizar diante dos jornalistas atividade em campo reduzido em que gritava instruções e elogios a todo momento.

Apesar do pênalti perdido por Messi, é sobre Sampaoli que recaiu todo o peso do empate e do futebol ruim na estreia. Mesmo que o camisa 10 tenha afirmado se sentir responsável pelo resultado, o culpado já estava determinado.

Uma condição que um dia foi de Messi e hoje pertence a Sampaoli. Como sempre se colocou como escudo de seu principal jogador na esperança de que isso o deixasse mais relaxado para atuar.

Uma derrota deixaria a seleção de Messi com um pé fora da Copa já na fase de grupos. É um futuro que Sampaoli não pode contemplar. Por mais que o presidente da AFA, Claudio Tapia, tenha prometido que o técnico vai continuar no cargo, não importa o resultado.

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