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Brasília

São Paulo sofre virada do Atlético-PR no Morumbi e não ingressa no G4

Arquivo Geral

11/06/2016 22h15

Atualizada 12/06/2016 14h51

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As temperaturas giraram em torno dos 5ºC na noite deste sábado, no Morumbi, mas o jogo foi quente entre São Paulo e Atlético-PR, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor, que não pôde contar com o artilheiro Jonathan Calleri, deu calor no time adversário durante todo o primeiro tempo e abriu o placar com o zagueiro Maicon, de cabeça. No entanto, o Furacão voltou para a segunda etapa disposto a esfriar o ímpeto tricolor e conseguir a virada. E o fez, com os volantes Otávio e Hernani, que aproveitaram as falhas defensivas dos mandantes e silenciaram os pouco mais de 12 mil são-paulinos presentes no gelado estádio, que amargou a derrota por 2 a 1.

Com o resultado, o São Paulo, que conheceu seu segundo revés em casa na competição – caiu para o Internacional por 2 a 1, na segunda rodada -, não ultrapassa o rival Palmeiras e deixa de ingressar no G4, ficando na sexta colocação, com dez pontos. O Atlético-PR, por sua vez, sobe para o oitavo lugar, alcançando a mesma pontuação do time paulista. De quebra, o Rubro-Negro paranaense quebrou um tabu de 33 anos sem vencer o São Paulo no Morumbi.

Agora, o Tricolor buscará a reabilitação no torneio diante do Vitória na próxima quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), novamente em casa. No mesmo dia e horário, o Furacão visita a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli.
Se não tem Calleri, toca pro Maicon

Se o frio dava a impressão de que o jogo poderia ser preguiçoso, os donos da casa trataram de rechaçar essa hipótese logo de cara. Aos dois minutos, o zagueiro Maicon, ao estilo de um meia, cobrou falta no travessão do goleiro Weverton. A bola ainda quicou um pouco à frente da linha de fundo, fazendo a torcida se agitar no gelado Morumbi.

Empurrando o Furacão para o campo de defesa, o Tricolor voltou a assustar oito minutos depois, quando Kelvin fez belo lançamento para Centurión, que tentou ajeitar para Alan Kardec finalizar, mas o passe foi providencialmente interceptado por Otávio. Pouco depois, os mandantes tiveram chance ainda mais clara: Kelvin fez boa jogada individual ao deixar a marcação para trás, achou Kardec, que tocou para Ytalo. Livre, o meia-atacante bateu colocado no canto direito do goleiro rival, mas a bola passou rente à trave.

Denis, por sua vez, só foi trabalhar aos 16 minutos. Marcos Guilherme recebeu lançamento de Weverton, dominou, limpou a marcação e arriscou de fora da área. Sem problemas para o arqueiro são-paulino. Com a marcação alta, o Rubro-Negro paranaense passou a pressionar mais os mandantes e quase abriu o placar após bola na área oriunda de falta pela direita. Cria do São Paulo, Ewandro ganhou por cima e testou no chão. A bola quicou e passou por cima do travessão tricolor.

Após insistir em bolas rifadas na área rubro-negra e não ter sucesso, o São Paulo voltou a ameaçar a meta adversária aos 35 minutos, novamente em cobrança de falta de Maicon. O defensor bateu colocado e Weverton defendeu em dois tempos. No rebote, o goleiro pediu atendimento após disputa com Diego Lugano, provocando a ira da torcida tricolor.

Mas a noite gelada se oferecia para Maicon. A cinco minutos para o fim da primeira etapa, Bruno descolou escanteio pela direita. Na cobrança precisa de Kelvin, o zagueiro subiu mais do que a zaga rival, se antecipou a Thiago Heleno e cabeceou sem chances para Weverton. Foi o primeiro gol do defensor no Brasileirão e o terceiro com a camisa do São Paulo, com a qual vem conquistando a torcida: “…é o melhor zagueiro do Brasil. Maicon!”, comemoraram os presentes no estádio após o apito que determinou o fim do primeiro tempo.

Quem não faz, toma

Precisando de uma reação, o técnico Paulo Autuori promoveu a entrada do meia Nikão no lugar do apagado atacante Ewandro. Nos primeiros cinco minutos da segunda etapa, o Atlético-PR pareceu que iria incomodar mais o time da casa ao provocar dois escanteios em sequência, mas ambos não ameaçaram a meta de Denis. Em seguida, o elétrico Kelvin limpou a marcação na direita e bateu colocado para defesa de Weverton.

Aos 11, o lance mais impressionante da partida. Ytalo recebeu na intermediária, de frente para o gol do Furacão, e arriscou de longe. Caprichosamente, a bola bateu na trave direita, percorreu a linha entre os paus, tocou na esquerda e voltou para o meio da área. Livre de marcação, Alan Kardec escorregou pouco antes de finalizar e chutou fraco nas mãos de Weverton. Agora, o centroavante vive um jejum de 15 partidas sem gols.

A resposta do Rubro-Negro viria quatro minutos depois. Walter, que acabara de entrar, recebeu belo lançamento nas costas de Matheus Reis, invadiu a área são-paulina e disparou a bomba, mas a bola foi na rede pelo lado de fora. O Tricolor, no entanto, voltaria a ameaçar com Kelvin, que fez nova jogada individual pela direita e bateu na trave direita do arqueiro rival.

Após tantas bolas na trave, o castigo do Furacão. Depois de boa jogada pela direita, o volante Otávio recebeu sozinho no meio da área são-paulina e só precisou dominar e bater no canto esquerdo de Denis para deixar tudo igual no Morumbi.

O técnico Edgardo Bauza, então, sacou Ytalo e Kelvin para promover as entradas de Lucas Fernandes e Luiz Araújo, respectivamente, gerando descontentamento da torcida tricolor, principalmente pela saída de Kelvin, que vinha incomodando a zaga adversária desde o início da partida.

Aos 28 minutos, quase Araújo convenceu os torcedores de que o Patón estava certo. O garoto arriscou chute da esquerda, mas a bola passou à direita do gol de Weverton. Os mandantes passaram a girar a bola em busca de uma chance, mas a defesa do Furacão se postou bem e impediu maiores investidas.

Aproveitando-se da queda de rendimento da equipe da casa, o Atlético-PR virou aos 42 minutos após cobrança de escanteio de Nikão, que colocou na cabeça de Hernani. O volante se antecipou à zaga são-paulina e testou sem chances para Denis. Após o gol, a torcida xingou Alan Kardec pelo gol perdido aos 11 minutos do segundo tempo. Não adiantaria reclamar, porque a vitória era do Furacão.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 1 X 2 ATLÉTICO-PR

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 11 de junho de 2016, sábado
Horário: 21 horas (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS-Fifa)
Assistentes: Alexandre Pruinelli Kleiniche e Lucio Beiersdorf Flor (ambos do RS)
Público: 12.389 torcedores no total
Renda: R$ 383.237,00
Cartões amarelos: Otávio e Sidcley (Atlético-PR); Bruno (São Paulo)
Cartões vermelhos:

GOLS:

São Paulo: Maicon, aos 40 minutos do primeiro tempo
Atlético-PR: Otávio, aos 20 minutos do segundo tempo, e Hernani, aos 42 minutos do segundo tempo

SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Lugano e Matheus Reis; Thiago Mendes, João Schmidt, Kelvin (Luiz Araújo), Ytalo (Lucas Fernandes) e Centurión; Alan Kardec
Técnico: Edgardo Bauza

ATLÉTICO-PR: Weverton; Léo, Wanderson, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Deivid, Marcos Guilherme (Walter) e Ewandro (Nikão); Pablo e André Lima (Hernani)
Técnico: Paulo Autuori

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