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Saúde

Saúde durante as férias: protetor solar, óculos de sol e…repelente!

Arquivo Geral

08/01/2016 14h06

Férias é bom para todo mundo – exceto quando elas viram um grande transtorno. Alguns cuidados ajudam a evitar que o bronzeado dos sonhos vire uma insolação, entre outros problemas que podem estragar a temporada. Este ano, tem uma novidade: o repelente vai ser tão importante quanto o protetor solar. A atenção deve ser redobrada para quem viaja para o Sudeste e o Nordeste, as regiões com maior número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

O dermatologista Erasmo Tokarski dá algumas orientações sobre o assunto. “O correto é passar primeiro o protetor solar, esperar uns 15 minutos para ele secar, e depois aplicar o repelente.” É essencial utilizar produtos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguir as instruções do rótulo. “Geralmente, os produtos devem ser aplicados, no máximo, três vezes ao dia. Caso contrário, eles podem provocar algum efeito indesejado, como uma intoxicação leve”, alerta.

Tokarski também explica que não é necessário utilizar repelente em todo o corpo. “Tem gente que exagera e usa até embaixo da roupa, mas só precisa nas áreas expostas. E, principalmente, durante o dia, quando o mosquito está mais ativo.” A única restrição é para menores de seis meses. “Nessa idade, os bebês são muito sensíveis. Depois disso, a criança pode usar repelente, mas sempre com orientação do pediatra, que vai indicar o produto para cada caso. Os repelentes para crianças tem uma concentração menor de químicos.”

 

Precaução com os olhos

Outra orientação importante é lembrada pelo oftalmologista José Rodrigues, do Instituto de Saúde Ocular do DF (Isovisão). “O repelente não deve ser aplicado próximos aos olhos e partes sensíveis de modo geral, para evitar irritações e outras reações adversas. É por esse mesmo motivo que se evita passar repelente nas mãos das crianças, porque elas podem levá-las à boca, por exemplo.”

O oftalmologista também afirma que é preciso ter uma precaução extra com a conjuntivite. “É uma inflamação que já costuma ser mais frequente no verão, porque o calor e a umidade facilitam a proliferação de vírus e bactérias. Mas, este ano, ainda tem a ameaça da zika e da chicungunya, que também podem desenvolver o quadro.”

O tratamento exige cuidados especiais com a higiene, como não compartilhar rímel e toalhas, e evitar piscinas, que podem ter água contaminada, além do cloro ser irritante. “E nunca se automedicar. Muitas pessoas não levam os colírios à sério, mas eles são medicamentos como quaisquer outros, contendo muitas substâncias que precisam de orientação médica, como antibióticos. Usar um colírio errado pode até piorar a situação”, orienta Rodrigues.

Quem usa lentes de contato precisa ter cuidado redobrado com a limpeza e não abrir os olhos debaixo d’água. “Mas o ideal é retirar as lentes antes de ir à praia ou ao clube ou usar um óculos de mergulho. E não levar às mãos aos olhos, pois elas podem estar sujas”, recomenda o oftalmologista.

 

Cuidados clássicos

Os óculos de sol são os fiéis companheiros da temporada. A exposição excessiva à radiação solar provoca lesões oculares e tem um efeito cumulativo, facilitando o desenvolvimento de catarata, pterígio (tecido carnoso que cresce sob a córnea), fotoceratite (lesão na córnea provocada pelo ressecamento lacrimal), entre outros problemas.

Mas não adianta adquirir um modelo pirata. “Se os óculos forem falsificados, eles não vão ter a tecnologia de proteção contra os raios ultravioleta (UV). A lente escura faz com que a pupila se dilate e entrem ainda mais raios nocivos. A pessoa fica com a falsa sensação de que está protegida, mas, na verdade, está aumentando o dano aos olhos”, alerta Rodrigues.

O oftalmologista ressalta que ninguém deve abdicar dos óculos de sol, mesmo quem utiliza lentes de contato com proteção UV. “Elas são apenas um complemento, assim como os chapéus. O óculos é indispensável, inclusive para as crianças. É comum os pais esqueceram de também comprar modelos infantis.”

Já para a pele, o protetor solar é o aliado número um, ajudando a evitar condições como o envelhecimento precoce e o câncer. No curto prazo, o problema mais comum das férias são as queimaduras, seja devido à insolação ou outras causas, como o contato com águas vivas. “Existem muitas receitas caseiras para aliviar a ardência, mas elas podem acabar piorando a saúde da pele. O melhor é colocar apenas uma compressa de água fria e ir imediatamente ao médico, que vai indicar o tratamento correto”, afirma o dermatologista Erasmo Tokarski.

Ele também lembra de outro risco. “Sob a luz do sol, as frutas cítricas provocam manchas na pele. Mas é só ter cuidado, verificar se respingou e, se for necessário, lavar com água. Afinal, é muito bom curtir a praia com uma caipirinha ou um peixe com limão”, aconselha.

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