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Saúde

Dia Mundial de Combate ao Câncer: tumor maligno nos olhos é devastador e grave

Arquivo Geral

06/04/2016 7h20

Dia 8 de abril comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Dor nos olhos, sombras na vista, redução da capacidade visual e pupila branca nas fotos podem ser sinal de uma doença rara, mas devastadora, o câncer ocular. O tipo mais frequente é o melanoma, um tumor maligno que pode atingir diferentes estruturas dos olhos, desde as pálpebras até estruturas internas, como a íris.

Outro tipo de tumor é o retinoblastoma, que acomete principalmente crianças. Ambos podem levar à perda total da visão ou do órgão, e até mesmo a morte. De acordo com o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio, estar atento aos sintomas e realizar exames oftalmológicos periódicos, podem ajudar a detectar precocemente a ocorrência dessas doenças. “Quanto antes detectar a doença, maiores serão as chances de cura e menor o risco de metástese. No caso do melanoma de coróide, por exemplo, 25% dos pacientes desenvolvem metástase e, destes, quase 100% não sobrevivem”, afirma o médico.

O melanoma é o tumor mais comum no órgão. Ocorre tanto na úvea, porção interna do globo ocular que se compõe da íris, do corpo ciliar e da coróide, como na conjuntiva, membrana que recobre a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras.

Pintas pretas na conjuntiva e na íris, que podem se transformar em câncer, geralmente são visíveis a olho nu. Já os melanomas da úvea, incluindo os da coróide, que são os mais frequentes, são diagnosticados por exames que fazem o mapeamento da retina e ultrassonografia. Apesar de não serem visíveis, os melanomas da úvea produzem sintomas como flashes luminosos, “moscas” volantes acentuadas e perda de visão.

O tratamento mais utilizado quando o tumor é pequeno ou médio é o laser ou a braquiterapia, que consiste em aplicar radiação apenas no local do tumor. “O problema é que a radiação prejudica os vasos sanguíneos e os nervos na parte de trás do olho, muitas vezes afetando a visão”, explica Hilton Medeiros. Para tumores grandes, geralmente é preciso remover o olho afetado e colocar uma prótese.

Outro tipo de tumor no olho, o retinoblastoma, é originário das células da retina, que é a membrana do olho sensível à luz. Na maioria dos casos, acomete crianças de até cinco anos de idade. Se for hereditário, a criança corre o risco de desenvolver o tumor nos dois olhos. O não hereditário costuma ser causado pelo desenvolvimento anormal da retina na infância e, em geral, acomete apenas um olho.

O sintoma mais comum do retinoblastoma é o reflexo pupilar branco. Quando a luz do flash da câmara bate sobre os olhos e reflete o branco na pupila, representa o reflexo da luz sobre a superfície do próprio tumor. “Ao perceber esse sintoma procure um oftalmologista para realizar os exames necessários e a verificação do problema. Os índices de cura são altos quando o diagnostico é precoce”, ressalta Hilton Medeiros.

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