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Música sem Etiqueta

Arquivo Geral

28/05/2010 14h51

Inrotulável, a música do francês Manu Chao passa por ritmos e pela cultura de todo o mundo. Filho de pai galego e mãe basca, o músico é um constante viajante. Seu trabalho é resultado dos lugares por onde passou e mistura músicas regionais de diversos países, além de suas línguas. Cantadas em inglês, francês, português e espanhol, as canções de Manu Chao buscam a revolução artística, política e, por que não, sensorial. Todo essa “ajuda para aceitar o mundo”, como ele define a música para si, poderá ser conferida, mais uma vez, pelos brasilienses hoje, em show no Arena Futebol Clube.

 

Manu Chao apresenta o show La Ventura, pelo projeto Arena 3 em 1, em que o grupo 3 em 1 e os DJs Pezão e Barata completam a programação. Ele vem acompanhado dos músicos Madji (guitarra e violão) e Gambacito (bateria). “O show que fizemos na Torre de TV alguns anos atrás marcou o início da formação da banda que toca hoje”, garante o cantor que, assim como seus fãs da cidade, recorda com entusiasmo a ocasião. Os músicos da banda são membros da extinta Radio Bemba.

 

Segundo o cantor, o show de hoje terá uma parte principal acústica, em que apresentará “músicas de buteco” compostas no Brasil. “Esta parte do show tem muito de viajar pelo mundo. Vamos tocar as inéditas O Circo da Madrugada, Eu Bebi o Sol, uma nova versão de Maluca Vida e a canção que meu amigo carioca Nanico compôs, Para de Beber“, revela. Após o momento mais intimista da apresentação, haverá a parte elétrica, com músicas da época da Radio Bemba.

 

Dos muitos projetos de Chao, a extinta Radio Bemba Sound System foi criada na Espanha, em 1995, com integrantes de sua antiga banda, Mano Negra. Esta, por sua vez, tem nome emprestado de uma organização anarquista espanhola. Com a banda, Manu excursionou pela América Latina em um barco, acompanhado por atores e artistas de circo.

 

Uma das primeiras experiências musico-culturais de Mano Chao aconteceu na cena punk de Londres. No entanto, ele não se considera um deles. “O lema dos punks é o ‘no future’ (sem futuro). Mas eu sempre acreditei no futuro e acho que o único combustível possível para alcançá-lo é a esperança”.

 

Com público em muitos países, Manu Chao é um defensor da liberdade, mas, antes disso, um pensador contemporâneo. Quanto ao compartilhamento de música pela internet, por exemplo, ele pondera. “Isso é a realidade. Está acontecendo e ainda acho cedo para tirar alguma conclusão e dizer se é bom ou ruim. Mas o fato é que o intercâmbio de música gerado pela internet é muito bom”.

 

Como bom underground, Manu acha que a verdadeira cultura surge nas periferias. “A revolução sempre acontece na periferia. Ultimamente tem surgido muita coisa, então acho que em breve algo inovador aparecerá. Mas como disseram no filme O Filho do Paraíso, meu favorito, ‘a novidade é a coisa mais antiga do mundo'”, opina.

 

Assim como lhe é impossível escolher um lugar ou cultura preferidos, Manu Chao acha que não há como “botar uma etiqueta” em sua música. “Eu só sei que ela me ajuda a aceitar o mundo. Quando as escrevo, compreendo melhor as coisas”, assume Manu que, junto de seus parceiros, garante “dar tudo de si” e “tocar até se acabar” no show desta noite.

SERVIÇO:
Arena 3 em 1 convida Manu Chao – Hoje, às 22h, no Arena Futebol Clube (Setor de Clubes Sul, trecho 3, Lote 1). Ingressos a R$ 40 (meia-entrada para estudantes ou doadores de 1 kg de alimentos não perecível). Não recomendado para menores de 18 anos.

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