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Política & Poder

Saída de bombeiros cria polêmica no Distrito Federal

Arquivo Geral

26/04/2018 7h00

Atualizada 25/04/2018 22h11

Reprodução

Camila Costa
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As exonerações de coronéis e tenentes-coronéis da Polícia Militar do DF (PMDF) cogitadas ontem após a polêmica em cima das demissões de seis membros do alto escalão do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) não se confirmaram, pelo menos até o fechamento desta edição. O burburinho tomou conta dos corredores das duas corporações e o clima desde as alterações nos quadros é de tensão e desconfiança. As mudanças nas equipes ocorrem após vazar uma foto dos militares com o pré-candidato ao Governo do DF pelo PR, Jofran Frejat.

O encontro foi há cerca de uma semana e, segundo alguns participantes, foi para que os bombeiros militares conhecessem as propostas de Jofran para a corporação, caso seja eleito. “Queríamos ouvir as ideias dele, sugerir propostas e sugestões que atendessem os bombeiros, e, na noite de terça, fui informado da minha exoneração da função na diretoria, uma coincidência, sem motivo algum”, relatou um oficial à reportagem.

Foram exonerados os coronéis Wellington Moura e Silva, ex-chefe do Departamento de Segurança contra Incêndio do Subcomando-Geral; Vilson Vargas, ex-chefe do Departamento de Recursos Humanos, do Subcomando-Geral; e Williman Costa da Silva, ex-ajudante-geral do Comando-Geral.
Também perderam os cargo comissionado os tenentes-coronéis Átila Gomes do Nascimento, ex-subdiretor da Diretoria de Vistorias, do Departamento de Segurança contra Incêndio; Álvaro Alexandre Albuquerque Marques, ex-comandante do Comando de Área III; e Joston Alves de Sousa, ex-diretor de Saúde do Departamento de Recursos Humanos, do Subcomando-Geral.

PMs na berlinda

Estaria na Casa Militar do DF o documento, já assinado, com a exoneração do tenente-coronel Marco Alves, comandante do Centro de Treinamento e Especialização – CTEsp; e do sub-comandante do 6º Batalhão da PMDF – Esplanada dos Ministérios. Para o presidente do PR/DF, Alexandre Bispo, as exonerações estão ligadas com o encontro dos militares com Jofran. “O governador está “usando a máquina pública para fins eleitoreiros.” Em vídeo publicado nas redes, Alexandre diz ainda que Rollemberg exonerou arbitrariamente.”

Jofran Frejat, um dos principais concorrentes de Rollemberg na corrida ao Governo do DF, também recriminou e disse ser uma perseguição por terem ideologias diferentes. “ Nunca tivemos na história da nossa cidade um governante com um perfil tão vingativo como o do sr. Rodrigo Rolemberg. Os militares foram injustamente punidos, apenas porque estiveram reunidos comigo para conhecer qual o nosso pensamento sobre o futuro de nossa cidade. Essa atitude caracteriza um um ato de covardia sem precedentes.”

Questionado sobre as demissões, o governador afirmou que não interfere nas questões internas das corporações. “Quem demite ou substitui os demais cargos do corpo de bombeiros e da polícia militar do DF são os comandantes e diretores das corporações.”

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