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Política & Poder

Partido de Marina deverá subir no palanque de Rollemberg

Arquivo Geral

28/06/2018 7h00

Atualizada 27/06/2018 21h04

REUTERS/Paulo Whitaker

Francisco Dutra
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Crescem as chances de a Rede retornar para o lado do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Em função da proximidade política da presidenciável ambientalista Marina Silva (Rede) com o atual titular do Palácio do Buriti e da indefinição regional do PDT, a agremiação tende a coligar com os socialistas nas eleições de outubro. Neste horizonte, Rollemberg seria o cabeça de chapa e o deputado distrital Chico Leite (Rede) seria pré-candidato ao Senado Federal.

A Rede deixou o governo Rollemberg em novembro de 2017. O partido discordou de uma série de decisões políticas e técnicas do governador, como a aproximação com o PSDB e a criação de uma secretaria extraordinária para acomodar tucanos. Mesmo assim manteve as pontes com o Buriti. Ainda que de forma discreta Marina continuou a cultivar a amizade com Rodrigo.

Nestas eleições, a princípio, o partido planejava marchar com o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), como candidato do GDF. Contudo Joe desistiu desta rota e agora trabalha pela candidatura ao Senado. Para a Rede, a viabilidade de aliança com o PDT depende de Joe retomar o projeto inicial. Ou seja, para uma composição não basta que a legenda trabalhista lance outro nome para o Buriti.

Com a pré-candidatura de Marina Silva pontuando bem nas pesquisas, a Rede trabalha por eventuais palanques no DF, seja para o primeiro, seja para o segundo turno. O partido analisa cada unidade da Federação. No Distrito Federal, o PSB é o único partido a operar no mesmo espectro político da Rede.

Na semana passada, representantes nacionais e regionais da Rede e do PSB discutiram o tabuleiro pré-eleitoral. Segundo o presidente regional do PSB e presidente da Fundação de Apoio a Pesquisa do DF, Tiago Coelho, a conversa ainda não foi conclusiva, mas se mostrou positiva. “Pessoalmente, de zero a dez, eu diria que a chance de coligarmos é 9. Mas em uma perspectiva realista, hoje a probabilidade é 7,5”, classifica Coelho.

Para o Planalto, o PSB ainda não fechou com que chapa irá se coligar. “Existem diretórios que pensam em Marina. Mas sendo franco, digo que a maioria tende a apoiar o pré-candidato Ciro Gomes (PDT)”, comenta. Outras pré-chapas costuram palanques múltiplos para acomodar diferentes presidenciáveis. Para este tipo de manobra, os pré-candidatos precisam ser de campos próximos.

Hoje só com o PV, Buriti quer alianças

Lutando contra o isolamento, o PSB deverá estender as negociações para a composição de chapa até às vésperas das convenções partidárias, que começam a ser feitas a partir de 20 de julho. Tendo por enquanto apenas o apoio do PV, o partido precisa desesperadamente de mais apoio não apenas para o projeto de tentativa de reeleição de Rollemberg, mas principalmente para os nominatas proporcionais para deputado distrital e federal.

Neste sentido, é crucial a conquista de partidos de médio e grande porte como PRB e PDT. Apenas com agremiações de médio e grande porte, Rollemberg terá estabilidade eleitoral, seja no que se refere a tempo de televisão e ao fundo partidário, quanto ao potencial de votos necessário para eleger parlamentares.

O presidente regional do PV, Eduardo Brandão, busca minimizar a tensão. “Isso é o frenesi proporcional. A partir da próxima semana, as coisas vão se afunilar. Teremos oito partidos em volta do governador. Onde as pessoas ficam mais confortáveis? Do lado de Frejat (PR)? Ou do lado de Rodrigo?”, ponderou.

Para assegurar chances competitivas para um número maior de pré-candidatos para a Câmara dos Deputados, Eduardo Brandão alega que a coligação poderá lançar duas pré-chapas proporcionais.

Saiba Mais

As vagas para o Senado são cartas de negociações estratégicas para o PSB. Segundo Tiago Coelho, as duas vagas estão em aberto para composições.

Nestes termos, até mesmo a pré-candidatura da ex-secretaria de Planejamento Leany Lemos (PSB) poderá ser revista.

Para o PSB, tão importante quanto a reeleição do governador é ocupar cadeiras na Câmara Legislativa.

Hoje o partido tem quatro pré-candidaturas apontadas como competitivas para o posto de deputado distrital.

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